Pesquisa Quaest aponta Lula à frente em todas as projeções de primeiro turno para 2026

Um novo levantamento divulgado pelo instituto Quaest nesta semana mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na liderança em todos os cenários simulados de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2026. Os resultados indicam que o petista mantém vantagem sobre todos os principais nomes da oposição, consolidando-se como o favorito inicial na disputa pela reeleição.

De acordo com a pesquisa, Lula obtém percentuais de intenção de voto que variam entre 38% e 44%, dependendo do cenário e dos adversários incluídos na simulação. Os possíveis concorrentes testados pelo instituto incluem figuras de destaque da direita e do centro, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo). Em todos os casos, o presidente aparece com margem confortável.

O levantamento também revelou que a base de apoio de Lula permanece sólida entre os eleitores de baixa renda e das regiões Nordeste e Norte, segmentos que tradicionalmente sustentam os melhores índices do PT. Já entre os eleitores de renda mais alta e das regiões Sul e Centro-Oeste, o desempenho do presidente é mais fraco, mas ainda suficiente para garantir liderança no cenário nacional.

Segundo a Quaest, o desempenho de Lula no primeiro turno é impulsionado principalmente pela percepção positiva de parte do eleitorado sobre programas sociais e pela recuperação gradual do emprego e da renda. Além disso, o presidente ainda se beneficia da fragmentação da oposição, que não apresenta até o momento um nome unificado capaz de concentrar o voto antipetista.

Em um dos cenários testados, Lula aparece com 41% das intenções de voto, seguido de Tarcísio de Freitas com 26%, Michelle Bolsonaro com 18% e Romeu Zema com 10%. Os demais candidatos somam percentuais inferiores a 5%, enquanto brancos, nulos e indecisos representam cerca de 8% do total.

Analistas políticos avaliam que os resultados refletem a força da imagem pessoal de Lula e o peso do legado de seus governos anteriores. No entanto, ressaltam que ainda há um longo caminho até 2026, e fatores como desempenho econômico, inflação, juros e o humor do eleitorado poderão alterar significativamente o cenário até o início oficial da campanha.

A pesquisa também mostra que a polarização política permanece intensa, mas com sinais de cansaço entre parte do eleitorado. Cerca de 20% dos entrevistados afirmaram que gostariam de ver uma “nova alternativa” fora dos nomes tradicionais, o que pode abrir espaço para candidaturas de perfil mais centrista ou independente.

Outro ponto observado pela Quaest é que, mesmo liderando, Lula ainda enfrenta níveis de rejeição relevantes, especialmente entre os eleitores mais jovens e nos estados do Sul. No entanto, sua taxa de aprovação geral segue positiva, e a comparação com o governo anterior ainda o favorece na maioria dos segmentos analisados.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o levantamento ouviu 2.000 eleitores em todo o país, entre os dias 3 e 7 de novembro. Segundo o instituto, os dados reforçam a percepção de que o atual presidente entra na pré-campanha de 2026 como o principal nome do cenário eleitoral, embora o contexto político e econômico dos próximos meses possa redefinir estratégias e alianças.

Com a divulgação dos números, partidos da base governista consideram que a prioridade será ampliar o diálogo com setores moderados e consolidar a imagem de estabilidade econômica e social. Já na oposição, as legendas intensificam a busca por um nome competitivo que consiga romper a vantagem inicial do atual presidente.

No panorama atual, a Quaest conclui que Lula inicia o ciclo eleitoral de 2026 com liderança consolidada e margem expressiva, mas ressalta que o quadro ainda é dinâmico e dependerá fortemente da evolução do cenário econômico e das articulações políticas nos próximos meses.