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Pacheco minimiza votação apertada de Gonet e diz que resultado não afeta decisão de Lula sobre o STF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta terça-feira que a margem apertada de aprovação de Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República (PGR) é “natural” e não influencia na escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante conversa com jornalistas, Pacheco destacou que o processo de sabatina e votação no Senado reflete a pluralidade da Casa e que divergências políticas não devem ser interpretadas como um sinal de fragilidade do indicado.

“O Senado é um espaço de diversidade política, e é natural que as votações expressem essa pluralidade. O resultado da votação não diminui o mérito de ninguém”, afirmou.

Votação equilibrada e repercussões

A aprovação de Gonet pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ocorreu com uma margem considerada apertada, o que gerou comentários sobre uma possível resistência entre parlamentares ligados a diferentes blocos políticos. Mesmo assim, Pacheco ressaltou que o importante é a confirmação do nome dentro dos trâmites constitucionais.

“O que importa é o cumprimento do rito e o respeito institucional. O resultado mostra debate, e isso é parte da democracia”, disse o presidente do Senado.

Relação com o governo

A fala de Pacheco surge em meio às especulações sobre o impacto político da votação no processo de escolha do próximo ministro do STF, já que o presidente Lula deve indicar em breve o substituto do ministro aposentado Ricardo Lewandowski.

O senador mineiro defendeu que o Executivo tem total autonomia para escolher o nome que julgar mais adequado, lembrando que o Senado atua como casa revisora, e não como extensão das articulações políticas do Planalto.

“O presidente da República tem essa prerrogativa, e cabe ao Senado fazer a análise técnica e institucional, sem contaminação de fatores políticos”, completou.

Gonet e o ambiente no Senado

Apesar da votação apertada, a avaliação interna é que Gonet mantém boa interlocução com senadores de diferentes partidos, especialmente entre aqueles que valorizam uma postura mais técnica na condução da PGR.

Fontes do Senado indicam que a margem estreita se deveu mais a disputas internas e alinhamentos momentâneos do que a uma rejeição ao nome indicado.

Conclusão

Ao minimizar o peso político do resultado, Pacheco tenta preservar o equilíbrio entre o Senado e o Palácio do Planalto, reforçando sua postura de independência institucional.
Para o presidente do Senado, votações acirradas fazem parte da dinâmica democrática e não devem ser interpretadas como sinal de desgaste nem do governo nem de seus indicados.

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