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Nova fase de operação contra fraudes no INSS resulta em 10 prisões e dezenas de mandados cumpridos pela Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou uma nova etapa de uma ampla investigação voltada ao combate de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que resultou no cumprimento de 63 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva e temporária, e 53 de busca e apreensão em diferentes estados do país. A ação faz parte de uma força-tarefa criada para desmantelar esquemas que envolvem desvios de benefícios previdenciários e falsificação de documentos públicos.

De acordo com informações oficiais, a operação foi deflagrada nas primeiras horas da manhã e contou com o apoio de auditores da Receita Federal e servidores do próprio INSS, que colaboraram na análise de processos suspeitos. O objetivo central é identificar e responsabilizar grupos criminosos que vinham atuando de forma estruturada para obter vantagens indevidas por meio de aposentadorias, auxílios e pensões fraudulentas.

Os agentes cumpriram mandados em diversas cidades brasileiras, incluindo capitais e municípios de médio porte. As investigações indicam que o esquema envolvia servidores públicos, intermediários e beneficiários falsos, que utilizavam documentos adulterados, declarações fictícias de tempo de serviço e registros trabalhistas forjados para simular condições de aposentadoria ou benefícios assistenciais.

Segundo a Polícia Federal, as fraudes causaram prejuízos milionários aos cofres públicos, comprometendo recursos que deveriam ser destinados a segurados legítimos. As apurações apontam que o grupo utilizava uma rede de contatos para manipular processos administrativos dentro do sistema do INSS, facilitando a aprovação de requerimentos irregulares.

Durante as buscas, foram apreendidos computadores, celulares, dinheiro em espécie, documentos e mídias digitais, que serão periciados para identificar novos envolvidos. A PF também investiga se parte dos valores desviados foi lavada por meio de empresas de fachada, um padrão recorrente em operações desse tipo.

As fraudes, segundo as autoridades, não se limitavam a uma única região. A atuação do grupo era nacional, com ramificações em diferentes unidades da federação. O esquema contava com advogados, contadores e intermediários especializados em burlar os sistemas de controle do INSS, criando um mecanismo de corrupção que dificultava a detecção das irregularidades.

O INSS, em nota institucional, informou que vem reforçando mecanismos de fiscalização e auditoria para evitar novos casos semelhantes. A autarquia tem investido em sistemas de cruzamento de dados e no uso de inteligência artificial para identificar inconsistências em pedidos de benefício, o que já resultou na suspensão de milhares de processos suspeitos nos últimos meses.

A operação desta semana é considerada uma das maiores ofensivas recentes contra fraudes previdenciárias, e faz parte de um esforço permanente para proteger os recursos públicos. A Polícia Federal reforçou que continuará realizando novas fases da investigação, uma vez que há indícios de que o esquema vinha operando há vários anos e envolvia benefícios de valores elevados.

Os investigados responderão por organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro, crimes que podem resultar em penas superiores a 20 anos de prisão, dependendo do grau de envolvimento de cada participante.

Com essa ação, a PF reafirma o compromisso de defender a integridade do sistema previdenciário brasileiro, combatendo práticas ilícitas que prejudicam milhões de trabalhadores e aposentados que dependem da previdência de forma legítima. O caso reforça a necessidade de constante vigilância e modernização dos mecanismos de controle para garantir que o dinheiro público seja utilizado de forma justa e transparente.

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