Kings of Leon critica versões lentas de “Sex on Fire”: “Era para ser suja e rápida”
Durante uma entrevista recente, o vocalista Caleb Followill, do Kings of Leon, comentou sobre as versões mais lentas de “Sex on Fire”, sucesso lançado em 2008, e foi direto ao ponto: ele não gosta delas. Para o cantor, a canção foi criada para soar intensa, suja e com energia bruta — e perde sua essência quando é transformada em balada.
“Às vezes eu ouço as versões lentas, com aquele clima sexy e suave, e penso: ‘essas letras…’. A música deveria ser suja, vulgar e rápida, e então acabar de repente”, afirmou Caleb, aos risos, ao explicar que o espírito original da faixa está justamente na urgência e na intensidade do rock.
Origem e sucesso
Lançada no álbum Only by the Night, “Sex on Fire” marcou o auge comercial do Kings of Leon, rendendo à banda o Grammy de Melhor Performance de Rock e Melhor Canção de Rock em 2009. Curiosamente, Caleb revelou que inicialmente não queria incluir a música no disco, temendo que ela soasse “pop demais”. “Eu dizia: ‘As pessoas vão pensar que é uma música pop’. Ainda bem que fui voto vencido”, contou o cantor.
Com uma batida acelerada e letras provocantes, a faixa se tornou um hino dos anos 2000 e permanece como uma das mais conhecidas da banda, sendo presença obrigatória nos shows até hoje.
A visão do artista
A fala de Caleb destaca como alguns artistas veem suas músicas sendo reinterpretadas de maneiras que alteram o sentido original. No caso de “Sex on Fire”, o vocalista acredita que as versões lentas e melódicas transformam uma canção sobre desejo intenso em algo mais “romântico”, o que vai contra sua proposta.
Para ele, a energia da faixa está no contraste entre o ritmo frenético e a crueza das letras — uma mistura que ajudou a definir a identidade sonora do Kings of Leon.
Um clássico moderno
Mesmo com as críticas do vocalista, “Sex on Fire” continua inspirando versões e releituras mundo afora. A canção, que já ultrapassou 800 milhões de streams nas plataformas digitais, consolidou o grupo como um dos maiores nomes do rock contemporâneo.
A fala de Caleb Followill reforça que, apesar das interpretações variadas, o Kings of Leon continua fiel à sua essência: o rock direto, visceral e com alma — exatamente como “Sex on Fire” foi concebida para ser.

