Florence Pugh revela que atuar em “Midsommar” a deprimido por meses
A atriz Florence Pugh revelou que o filme “Midsommar” (2019), dirigido por Ari Aster, teve um impacto profundo e negativo sobre seu estado emocional. Em entrevista recente, ela contou que ficou deprimida por cerca de seis meses após o término das filmagens — um dos papéis mais intensos de sua carreira.
A preparação emocional
No longa, Pugh interpreta Dani, uma jovem que enfrenta uma tragédia familiar devastadora e, em seguida, participa de um ritual pagão em uma aldeia sueca. Para se preparar, a atriz mergulhou profundamente no sofrimento da personagem. Ela revelou que usou métodos de imersão emocional extremos, imaginando perdas reais em sua vida para alcançar a dor que o papel exigia.
“Coloquei meu corpo e minha mente em lugares sombrios para entender o que ela sentia. Quando as gravações terminaram, eu não consegui desligar completamente”, confessou Pugh.
As consequências
Após o fim das filmagens, Florence relatou sentir um grande vazio emocional e sintomas de depressão que persistiram por meses. Ela contou que passou direto para outro trabalho — “Adoráveis Mulheres” — sem tempo para processar a experiência de “Midsommar”, o que acabou agravando o esgotamento psicológico.
“‘Midsommar’ me deixou triste por muito tempo e eu nem sabia por quê. Foi como se uma parte de mim tivesse ficado lá, na Suécia, com a personagem”, disse a atriz.
Aprendizado e limites
Florence Pugh afirmou que a experiência a fez repensar a forma como encara papéis intensos. Hoje, ela estabelece limites emocionais mais claros e evita projetos que possam afetar sua saúde mental de forma semelhante.
“Existem personagens que exigem muito, e eu percebi que não posso me destruir por causa de um papel”, comentou.
Reflexão sobre o cinema e a saúde mental
O relato de Pugh reacende a discussão sobre a pressão psicológica enfrentada por atores em papéis emocionalmente exaustivos. “Midsommar”, considerado um dos filmes de terror psicológico mais impactantes da última década, exigiu uma entrega total de sua protagonista — algo que o público percebe na intensidade de sua performance.
Mesmo com as dificuldades, Florence Pugh reconhece que o filme foi um divisor de águas em sua carreira, consolidando-a como uma das atrizes mais respeitadas de sua geração. Ainda assim, ela reforça: “Interpretar é uma arte poderosa, mas também precisa ter um limite. A mente também precisa de descanso.”

