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Por que o álbum West End Girl marca o retorno brutal de Lily Allen

A cantora britânica Lily Allen está de volta com West End Girl, lançado em 24 de outubro de 2025, seu primeiro álbum de estúdio em sete anos. O trabalho marca um retorno surpreendente — intenso, pessoal e emocionalmente brutal — que transformou sua dor em arte.

O disco foi gravado em um curto período, entre 10 e 16 dias, logo após o fim do casamento da artista com o ator David Harbour, conhecido pela série Stranger Things. Nesse processo de reconstrução, Allen canaliza sentimentos de traição, desilusão e autoconhecimento, explorando temas como relacionamentos abertos, maternidade e identidade.

A crítica internacional recebeu o álbum com entusiasmo. No agregador Metacritic, West End Girl atingiu nota 83/100, sendo classificado como “aclamação universal”. A revista NME descreveu o projeto como “venenoso, vulnerável e vitorioso”, destacando a forma como Allen revisita a dor com ironia e lucidez.

O álbum mais brutal do ano

A “brutalidade” de West End Girl está em sua franqueza emocional. Allen abandona filtros e se expõe como nunca, transformando o que poderia ser um relato de amargura em uma narrativa poderosa sobre recomeço. Mesmo em meio a letras cortantes, a artista mantém o humor afiado e a leveza pop que sempre definiram sua carreira.

Faixas como Ruminating, Pussy Palace, Nonmonogamummy e Just Enough exploram o caos emocional pós-divórcio com coragem e autocrítica. Já a faixa-título, West End Girl, funciona como um manifesto de renascimento — uma mistura de vulnerabilidade e autoconfiança.

O guitarrista Steve Stevens, colaborador de longa data, participa da produção de algumas faixas, que combinam sintetizadores retrô, batidas eletrônicas e vocais confessionais. O resultado é um som que remete ao pop alternativo dos anos 2000, mas com maturidade e densidade inéditas.

Impacto e legado

West End Girl já é apontado como o álbum mais honesto e cru de 2025. Críticos destacam que a força do projeto está na forma como Lily Allen transforma experiências pessoais em reflexões universais sobre amor, perda e reconstrução.

Com esse trabalho, a artista reafirma seu talento como letrista e figura provocadora do pop britânico — alguém que não teme expor fraquezas e que faz da vulnerabilidade sua arma mais poderosa.

Em um ano marcado por lançamentos grandiosos e produções polidas, West End Girl se impõe justamente por sua brutalidade emocional — e é esse o ponto.

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