Ex-líder da Colômbia critica tolerância ao crime e elogia ações de segurança realizadas no Rio de Janeiro
O ex-presidente da Colômbia afirmou que permitir o avanço do crime organizado é um erro estratégico e social grave, destacando que a experiência recente do Rio de Janeiro demonstra a importância de uma resposta firme e coordenada do Estado. O comentário foi feito em meio ao debate internacional sobre o combate às facções e o fortalecimento das políticas de segurança pública nas grandes cidades latino-americanas.
O ex-chefe de Estado, conhecido por sua atuação rigorosa contra o narcotráfico durante o período em que governou a Colômbia, ressaltou que a criminalidade avança sempre que o poder público recua, e que as operações realizadas em regiões dominadas por facções no Rio indicam uma tentativa de recuperar áreas antes controladas por grupos armados. Segundo ele, essa postura representa uma mudança de paradigma importante para o Brasil, que há anos enfrenta os efeitos da expansão do crime organizado em centros urbanos.
Ao elogiar as recentes ações de segurança no Rio, o ex-presidente afirmou que a repressão ao tráfico de drogas e às milícias precisa ser acompanhada de políticas sociais e de reconstrução institucional, o que evita que o combate policial se torne apenas temporário. Ele destacou que a experiência colombiana mostrou que a estabilidade só é possível quando o Estado ocupa o espaço de forma permanente, oferecendo presença social e econômica junto com a ação policial.
O Rio de Janeiro tem sido palco de uma das maiores operações integradas de segurança dos últimos anos, com participação de forças estaduais e federais. O objetivo é enfraquecer a estrutura das facções que atuam em diferentes comunidades e interromper o fluxo de armas e drogas. O movimento despertou atenção internacional por causa da complexidade logística e pelo envolvimento direto de instituições de diferentes níveis de governo.
Especialistas em segurança pública têm apontado que o modelo carioca pode inspirar outros países latino-americanos, onde o crime organizado também se fortaleceu em áreas de vulnerabilidade social. A combinação entre ação policial intensiva e medidas de reconstrução do tecido comunitário é vista como um possível caminho para reduzir a influência das facções e milícias que operam nas grandes metrópoles.
Durante sua fala, o ex-presidente ressaltou ainda que a América Latina não pode repetir erros do passado, quando o enfrentamento do crime foi conduzido de maneira fragmentada, sem integração entre instituições. Para ele, as organizações criminosas transnacionais operam com redes sofisticadas, e o combate efetivo exige cooperação entre países vizinhos, compartilhamento de inteligência e políticas conjuntas de prevenção.
O caso do Rio de Janeiro, segundo o ex-líder, mostra que há disposição política para enfrentar a criminalidade com seriedade, e que o desafio agora é manter a constância das ações, impedindo o retorno do poder paralelo. Ele elogiou a coragem das autoridades locais por enfrentarem um tema historicamente sensível e destacou que a resposta firme é fundamental para restaurar a confiança da população.
Analistas políticos lembram que as palavras do ex-presidente colombiano têm peso especial, considerando que a Colômbia foi palco de um dos combates mais intensos contra o narcotráfico nas últimas décadas, e as lições aprendidas ali serviram de referência internacional. O reconhecimento ao esforço brasileiro, portanto, reforça a ideia de que a luta contra o crime organizado é um desafio regional, que ultrapassa fronteiras e exige ações coordenadas.
A repercussão de suas declarações tem sido positiva entre especialistas e autoridades da área de segurança, que veem no comentário uma validação simbólica do esforço do Brasil em combater o avanço das facções. A avaliação é de que, se bem-sucedidas, as estratégias aplicadas no Rio podem servir de base para uma política nacional de segurança pública mais integrada e duradoura.
O posicionamento do ex-presidente colombiano reforça a visão de que a omissão diante do crime representa um risco não apenas para a ordem pública, mas para a própria democracia, e que experiências como a do Rio de Janeiro podem se transformar em exemplo de reação eficaz, equilibrando firmeza policial e reconstrução social.

