Para Lula, aprovação da isenção do Imposto de Renda simboliza avanço em direção à justiça tributária
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) como um marco de justiça tributária no Brasil. Segundo ele, a decisão representa um passo concreto na construção de um sistema fiscal mais equilibrado, no qual trabalhadores de baixa renda deixam de ser penalizados por uma estrutura que, historicamente, concentrou o peso dos tributos sobre quem ganha menos.
A medida aprovada amplia a faixa de isenção do IR e beneficia milhões de brasileiros que agora deixarão de pagar o imposto. Lula ressaltou que a correção da tabela era uma promessa de governo e uma necessidade urgente diante da defasagem acumulada nos últimos anos. Para o presidente, a iniciativa não se trata apenas de um ajuste técnico, mas de um ato de reparação social, pois busca devolver dignidade financeira à população que mais sofre com o custo de vida e a inflação.
A aprovação da isenção ocorreu após semanas de discussões no Congresso Nacional, com apoio expressivo da base governista e de parte da oposição. O texto final foi considerado um consenso mínimo em torno da necessidade de corrigir desigualdades e modernizar o sistema tributário brasileiro. O governo trabalhou intensamente para viabilizar a proposta sem comprometer o equilíbrio fiscal, o que exigiu diálogo entre o Ministério da Fazenda, o Palácio do Planalto e os líderes partidários.
Lula destacou que a mudança na tabela do Imposto de Renda é apenas uma etapa de um projeto maior, que envolve a reforma tributária completa. Para ele, a justiça tributária só será plena quando o país tiver um modelo no qual os mais ricos contribuam de forma proporcional à sua renda e patrimônio. O presidente reiterou que seu governo seguirá trabalhando para corrigir distorções que fazem com que quem vive do trabalho pague mais impostos do que quem lucra com capital.
A ampliação da faixa de isenção também é vista como um estímulo à economia doméstica. Com mais dinheiro no bolso, trabalhadores poderão destinar seus rendimentos ao consumo e à quitação de dívidas, o que gera efeito positivo sobre o comércio e os serviços. O Ministério da Fazenda, sob comando de Fernando Haddad, destacou que o impacto fiscal da medida será compensado por outras ações de equilíbrio orçamentário, sem necessidade de cortes em programas sociais ou investimentos públicos.
Economistas apontam que a correção da tabela do IR é uma das formas mais diretas de aliviar a carga tributária das classes médias e populares. Desde 2015, o aumento da inflação e o reajuste do salário mínimo vinham empurrando milhões de brasileiros para dentro da faixa de tributação, mesmo sem ganho real de renda. A nova regra corrige essa distorção e devolve a coerência ao sistema de arrecadação.
Além do impacto financeiro, a decisão tem forte significado político. Lula tem defendido que a política econômica deve combinar responsabilidade fiscal e compromisso social. A aprovação da isenção do IR reforça esse discurso, demonstrando que é possível equilibrar as contas públicas sem abrir mão da proteção aos trabalhadores. A medida também fortalece a imagem do governo junto às bases sindicais e aos segmentos populares, que veem na ação uma concretização de promessas de campanha.
A reação positiva à sanção da lei também se estendeu ao setor produtivo. Pequenos empresários e autônomos, que compõem parte dos beneficiados, consideram que a redução da carga tributária pode contribuir para aumentar a formalização de empregos e estimular atividades econômicas locais. O governo aposta que o benefício se transformará em um ciclo virtuoso de consumo e investimento interno, favorecendo o crescimento sustentável.
Lula lembrou que a justiça tributária é um dos pilares de sua visão de país: um modelo no qual o Estado atua para reduzir desigualdades e garantir oportunidades reais. Ele afirmou que a isenção do IR simboliza uma política pública voltada para a valorização do trabalho e a redistribuição de renda, princípios centrais de seu programa de governo.
A ampliação da isenção, portanto, vai além do aspecto fiscal. Representa um gesto político, econômico e social que redefine prioridades e reforça o compromisso do governo com os que mais precisam. Para Lula, ao aliviar o peso dos impostos sobre os trabalhadores, o Brasil dá um passo firme em direção a um sistema mais justo e a uma economia que serve a todos — e não apenas a uma minoria privilegiada.

