Politica

Entendimento entre Lira e Renan sobre Imposto de Renda foi fruto de diálogo e superação política, afirma Hugo Motta

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que o recente consenso alcançado no Congresso Nacional sobre o projeto de isenção do Imposto de Renda representa um raro momento de convergência entre os principais líderes do Legislativo, Arthur Lira (PP-AL) e Renan Calheiros (MDB-AL). Segundo o parlamentar, a construção do acordo demonstrou maturidade institucional e superou divergências históricas entre os dois políticos alagoanos, que em diferentes momentos simbolizaram polos opostos na cena política.

Motta destacou que o entendimento foi possível graças à disposição de ambas as partes em colocar o interesse público acima das disputas regionais e partidárias. De acordo com ele, o diálogo conduzido nos bastidores do Congresso foi decisivo para garantir a tramitação tranquila do texto que amplia a faixa de isenção do IR, medida que beneficia milhões de trabalhadores brasileiros.

Segundo fontes próximas às negociações, Lira e Renan atuaram com foco em destravar um impasse que ameaçava o avanço da proposta, especialmente em relação aos impactos fiscais e às compensações orçamentárias. O acordo envolveu também representantes da Comissão Mista de Orçamento, do Ministério da Fazenda e da liderança do governo no Congresso, resultando em um texto equilibrado, com atenção à responsabilidade fiscal e à justiça tributária.

Hugo Motta enfatizou que o consenso foi uma demonstração de que o Legislativo é capaz de construir pontes mesmo em meio à polarização política. Ele afirmou que o debate sobre o Imposto de Renda serviu de exemplo de como a cooperação institucional pode gerar resultados concretos, desde que prevaleça o compromisso com a sociedade. “Foi um passo importante para mostrar que o diálogo ainda é possível, mesmo entre líderes que historicamente estiveram em campos opostos”, destacou o parlamentar.

O deputado lembrou que o tema da isenção do IR vinha sendo discutido há meses e enfrentava resistências dentro das bancadas devido à preocupação com o equilíbrio das contas públicas. No entanto, o engajamento direto de Lira e Renan permitiu uma solução que conciliou responsabilidade fiscal e sensibilidade social, abrindo espaço para a aprovação rápida da proposta nas duas Casas Legislativas.

Fontes do Congresso relataram que o processo de construção do consenso envolveu diversas reuniões reservadas entre líderes e técnicos, nas quais foram ajustados pontos centrais da política de correção da tabela do IR. Essas negociações evitaram um impasse prolongado e mostraram que a interlocução política ainda pode prevalecer sobre as rivalidades pessoais.

Motta afirmou que o episódio deve servir de exemplo para outras pautas estruturais que dependem da harmonia entre o Senado e a Câmara, como as reformas administrativas e tributárias. Segundo ele, o clima de cooperação estabelecido no caso do IR pode se tornar um modelo de articulação eficiente para superar impasses futuros.

O parlamentar destacou também o papel do governo federal na mediação das conversas, especialmente por meio do Ministério da Fazenda, que apresentou projeções de impacto fiscal e garantiu segurança técnica para a aprovação da medida. O equilíbrio entre as demandas sociais e a estabilidade econômica foi apontado como um dos maiores desafios do acordo.

Analistas políticos observaram que o entendimento entre Lira e Renan é um dos momentos mais simbólicos do atual cenário legislativo, considerando o histórico de tensões entre os dois líderes. Ambos haviam se distanciado desde disputas regionais em Alagoas e divergências sobre o papel do Congresso durante o governo anterior. A convergência sobre o tema do IR, portanto, marca uma inflexão no relacionamento entre eles e reforça a capacidade de o Parlamento encontrar soluções pragmáticas.

Encerrando suas declarações, Hugo Motta ressaltou que a aprovação do projeto de isenção do IR não apenas representa um avanço na política fiscal, mas também reafirma o papel do Congresso como espaço de construção democrática. Para ele, o episódio mostrou que, apesar das divergências políticas, a cooperação entre líderes e o diálogo institucional continuam sendo ferramentas essenciais para enfrentar os desafios do país.

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