Aimee Lou Wood revela como série despertou antigos traumas de imagem corporal
A atriz britânica Aimee Lou Wood, conhecida por seu papel como Chelsea na terceira temporada da série The White Lotus, abriu-se sobre suas lutas pessoais com a imagem corporal durante as gravações da produção. Em entrevista recente, ela afirmou que determinadas cenas — sobretudo filmagens à beira da piscina usando biquíni — reacenderam antigos sentimentos de dismorfia corporal que remontam à adolescência.
O que ela relatou
Wood contou que, ao saber que teria que aparecer de biquíni no set, sentiu uma onda de ansiedade: “Eu me senti tão exposta… Sabia que ia estar o tempo todo sendo observada. Em uma cena íntima, você consegue focar no parceiro ou na história — mas de biquíni? Eu sabia que iria começar a pensar em como meu corpo parecia.”
Ela explicou que a personagem Chelsea tinha uma postura absolutamente confiante e despreocupada com a própria imagem — o que acabou servindo como um contraponto e estímulo para que Wood enfrentasse seus próprios medos. “Pensei: ‘Não se trata de se a Aimee quer mostrar o corpo ou não — a Chelsea quer.’ E aquilo me ajudou a mudar o foco”, disse ela.
Histórico pessoal
A atriz já havia falado anteriormente sobre o histórico de transtornos alimentares e sensação de estar desconectada do próprio corpo: “Eu odiava meu corpo e não queria estar nele”, relatou.
Na entrevista mais recente, ela também revelou que foi diagnosticada com TDAH em 2025, o que ajudou a compreender melhor parte das suas dificuldades de atenção e ansiedade ligadas à imagem corporal.
Significado para a atuação
Para Wood, trabalhar em The White Lotus não foi apenas um desafio profissional, mas também um processo terapêutico. Ela afirmou que usar o corpo em cena — e ser capaz de dizer “ok” para aquilo — foi parte da superação. Ela ressaltou ainda a importância de acordos claros com a equipe para cenas íntimas ou de exposição, onde houve a presença de coordenador de intimidade e discussões sobre o roteiro e o corpo.
Importância e repercussão
A revelação de Wood tem relevância especialmente em um momento em que se debate cada vez mais os padrões de beleza, imagem corporal e saúde mental no entretenimento. Seu relato oferece visibilidade àqueles que enfrentam dismorfia corporal e transtornos alimentares por trás das câmeras. Além disso, o fato de uma atriz com visibilidade internacional falar abertamente sobre o tema contribui para normalizar a discussão sobre vulnerabilidade e cuidado no meio hollywoodiano.
O que acompanhar
- Como Wood poderá utilizar essa experiência para futuros projetos, e se ela se tornará porta‑voz ou defensora de saúde mental e imagem corporal no entretenimento.
- O impacto disso junto aos fãs que se identificam com essas lutas — se haverá mais visibilidade ou iniciativas públicas em torno do tema.
- Como produções futuras vão lidar com cenas que exigem mais exposição corporal ou intimidade, à luz de artistas que falam sobre suas vulnerabilidades.

