Economia

Marina Silva aponta que Fundo Climático busca atrair quatro dólares privados para cada um de recurso público

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que o Fundo de Transição Ecológica e Financeira (TFFF) tem como principal meta multiplicar o impacto dos investimentos públicos, atraindo quatro dólares de capital privado para cada dólar destinado pelo governo. A proposta reflete uma estratégia de cooperação entre o Estado e o setor privado para impulsionar projetos sustentáveis e acelerar a descarbonização da economia brasileira nos próximos anos.

Segundo Marina, o modelo pretende transformar o Brasil em uma referência global de investimentos verdes, ao mesmo tempo em que promove desenvolvimento econômico e inclusão social. A ministra enfatizou que o país tem uma oportunidade única de liderar a agenda ambiental, aproveitando suas vantagens naturais e o crescente interesse de investidores internacionais por iniciativas de baixo carbono.

O Fundo, criado para financiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, busca alinhar políticas públicas e mecanismos financeiros em um esforço conjunto entre governo, empresas e instituições multilaterais. A ideia é ampliar o alcance dos recursos públicos por meio de parcerias que potencializem o impacto ambiental e social de cada projeto aprovado.

Marina ressaltou que a combinação entre capital público e privado é fundamental para alcançar resultados duradouros. O governo, segundo ela, atua como um catalisador, assumindo parte do risco inicial e criando um ambiente de confiança que estimula a participação empresarial. Essa abordagem visa garantir que os investimentos cheguem a áreas estratégicas, como energia renovável, reflorestamento, agricultura sustentável e economia circular.

A ministra também destacou que o TFFF funcionará de forma transparente e com critérios técnicos rigorosos. Cada projeto financiado será submetido a avaliações ambientais, econômicas e sociais, assegurando que os recursos sejam aplicados de maneira responsável e eficiente. O objetivo é fortalecer o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e o cumprimento das metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris.

Além da atração de investimentos estrangeiros, o Fundo também pretende incentivar empresas brasileiras a adotarem práticas mais sustentáveis. Para Marina, o setor privado tem papel essencial na transição ecológica, não apenas como financiador, mas também como agente de transformação produtiva. Ela argumentou que a inovação e o desenvolvimento tecnológico devem caminhar lado a lado com a preservação ambiental.

A expectativa é que o TFFF impulsione setores estratégicos que podem gerar empregos verdes e renda para comunidades locais. Projetos voltados para energias limpas, como solar e eólica, e iniciativas de restauração florestal devem receber atenção especial, contribuindo para a recuperação de biomas degradados e para o fortalecimento da economia de baixo carbono.

Marina reforçou que o Brasil precisa mostrar que é possível crescer de forma sustentável, conciliando proteção ambiental e prosperidade econômica. Nesse contexto, o Fundo pretende atuar como um instrumento de transformação, promovendo um novo modelo de desenvolvimento baseado em responsabilidade ecológica, justiça social e inovação produtiva.

De acordo com o planejamento do Ministério do Meio Ambiente, a mobilização de recursos privados será feita por meio de parcerias com bancos, fundos de investimento e organizações internacionais. O objetivo é criar uma rede de financiamento verde que estimule negócios sustentáveis e gere retorno econômico consistente.

Ao final, Marina Silva enfatizou que o sucesso do Fundo dependerá do compromisso coletivo entre governo, empresas e sociedade civil. Ela reforçou que a mudança climática é um desafio global e que o Brasil tem condições de ser um protagonista nessa agenda, desde que consiga alinhar políticas públicas e investimentos privados de forma harmônica e estratégica.

Com o TFFF, o país pretende consolidar um novo paradigma de financiamento ambiental, no qual cada real ou dólar investido pelo poder público sirva de base para multiplicar oportunidades, fomentar inovação e construir um futuro mais equilibrado entre o crescimento econômico e a preservação do planeta.

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