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Atores de “O Agente Secreto” destacam referências aos anos 70 na obra

O novo longa-metragem de Kleber Mendonça Filho, O Agente Secreto, transporta o público para o Brasil de 1977, misturando política, espionagem e memória afetiva. Ambientado em plena ditadura militar, o filme resgata o visual e o espírito da década de 1970, com fortes influências culturais e estéticas da época.

Wagner Moura, protagonista da obra, interpreta Marcelo — um professor universitário que retorna ao Recife para investigar aspectos de seu próprio passado. O ator afirmou que o filme é “absolutamente brasileiro” e que remete a muitas lembranças de sua infância. Gabriel Leone, outro integrante do elenco, contou que a equipe mergulhou em referências visuais e culturais daquele período, analisando fotografias, figurinos e objetos da época para garantir autenticidade.

A direção de arte, assinada por Thales Junqueira, reforça essa imersão. Ele explicou que o trabalho foi guiado pela estética vibrante e artesanal dos anos 70: “As cores eram mais fortes, havia mais textura e humanidade nos ambientes”. O resultado é uma obra visualmente marcante, que recria o Recife de forma quase documental.

Com elementos de thriller político e fantasia, O Agente Secreto também reflete sobre vigilância, medo e resistência — temas que ressoam com a história recente do país. Kleber Mendonça Filho descreveu o filme como uma “crônica cinematográfica” de um tempo que ele ainda recorda da infância, misturando memórias pessoais com o olhar crítico de um cineasta contemporâneo.

Segundo o elenco, o objetivo é que espectadores que cresceram nos anos 1990 sintam a atmosfera dos anos 70, reconhecendo o contraste entre as épocas e refletindo sobre as transformações sociais e culturais do Brasil. O filme chega como uma homenagem à memória coletiva e ao poder do cinema em revisitar o passado com emoção e autenticidade.

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