Artistas se despedem de Lô Borges: “Obrigado por tudo, mestre”
O cantor e compositor Lô Borges, um dos ícones do movimento Clube da Esquina, faleceu aos 73 anos, em Belo Horizonte, na noite de domingo (2 de novembro de 2025). O artista estava internado após uma intoxicação por medicamentos, que evoluiu para falência múltipla de órgãos. A notícia causou grande comoção entre músicos, amigos e admiradores da música popular brasileira.
Nas redes sociais, diversos artistas lamentaram a perda do compositor mineiro. Milton Nascimento, seu parceiro histórico e amigo de décadas, escreveu que o país “perdeu um dos artistas mais geniais, inventivos e únicos”. O cantor Samuel Rosa, do Skank, também homenageou o amigo, afirmando estar “devastado” com a notícia e agradecendo pela influência que Lô teve em sua trajetória.
Outros nomes da música brasileira, como Fafá de Belém, Elba Ramalho, Rogério Flausino e Maria Gadú, prestaram homenagens e ressaltaram a importância do legado deixado por Lô Borges. Muitos destacaram o impacto de suas canções atemporais, que atravessaram gerações.
Compositor de clássicos como “Paisagem da Janela”, “O Trem Azul” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, Lô Borges foi um dos principais expoentes do Clube da Esquina, movimento que uniu a poesia mineira com influências do rock e do jazz, revolucionando a música brasileira nos anos 1970.
Seu primeiro disco solo, o icônico “Disco do Tênis”, lançado em 1972, é considerado uma das obras-primas da MPB e um símbolo de liberdade artística.
Com uma carreira marcada pela sensibilidade e pela inovação, Lô Borges deixa um legado que transcende o tempo — sua música continua sendo uma das maiores expressões do sentimento e da alma do Brasil.

