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Roteiro de “Tremembé” afirma que série adota versão do Ministério Público

A série Tremembé, produzida pela Prime Video, está sendo apresentada como uma narrativa que revive os bastidores do presídio homônimo — e o roteirista Ullisses Campbell declarou que a trama “contempla” a versão do Ministério Público (MP) sobre os fatos retratados.

Segundo Campbell, que adaptou seus próprios livros para a produção, a série não pretende simplesmente dramatizar os “casos famosos” (como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e os Daniel Cravinhos e Christian Cravinhos) — mas sim apresentar as relações, investigações e processo penal sob o olhar das autoridades que conduziram as apurações. Em entrevista, ele explicou que “há uma linha narrativa que segue o que o Ministério Público entendeu dos casos e o que está nos autos, e isso é parte da estrutura da série”.

A abordagem da série se diferencia de produções que apenas reconstroem os fatos conforme a mídia popular. Aqui, conforme Campbell, “o que se vê não é apenas o espetáculo do crime, mas a investigação, a acusação e o julgamento, e como todo isso impacta dentro do sistema prisional”. Essa tomada de perspectiva visa ofertar ao público não somente o “choque” dos crimes, mas também reflexões sobre o papel institucional.

Mesmo assim, Campbell ressalta que a série mantém elementos ficcionais e dramáticos — “há licença criativa para retratar o que não consta literalmente nos autos, como relações entre detentos ou tensões de poder no presídio” — mas reforça que tais acréscimos “crescem a partir de fatos reconhecidos pela Justiça” e não o contrário.

A produção estreia em 31 de outubro de 2025 e será composta por cinco episódios. A equipe afirma que foi construída uma linha editorial comprometida com a “verdade investigativa”, ainda que dramatizada, para dar conta da complexidade dos casos e do sistema prisional.

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