Bradesco registra resultado robusto e alcança R$ 6,2 bilhões em lucro recorrente no terceiro trimestre
O Bradesco anunciou um lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, consolidando uma recuperação significativa após um período de ajustes estratégicos e reforço nas provisões de crédito. O resultado, divulgado nesta semana, superou as projeções do mercado e indicou que o banco vem conseguindo equilibrar rentabilidade e controle de custos em meio a um cenário econômico ainda desafiador.
De acordo com o balanço, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela redução nas despesas com inadimplência e pela melhora na margem financeira, reflexo de uma carteira de crédito mais qualificada e de estratégias de eficiência operacional. O banco também destacou o crescimento nas receitas de serviços, especialmente nas áreas de seguros, cartões e investimentos, segmentos que vêm apresentando forte expansão no portfólio da instituição.
A margem financeira com clientes teve alta expressiva em relação ao trimestre anterior, refletindo a retomada gradual do consumo e a estabilidade nas taxas de juros. Esse movimento contribuiu para que o Bradesco alcançasse um dos melhores resultados desde 2022, quando o setor bancário enfrentava forte pressão decorrente da alta inadimplência e da desaceleração econômica.
No relatório, a administração da instituição ressaltou que o foco permanece na sustentabilidade dos lucros e na qualidade da carteira. As provisões para perdas com crédito foram reduzidas em cerca de 15% em comparação ao mesmo período do ano passado, sinalizando maior confiança na capacidade de pagamento dos clientes e na retomada das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas.
O desempenho do segmento de seguros, tradicionalmente um dos pilares do grupo, também foi um destaque relevante. A Bradesco Seguros registrou aumento nas receitas e na rentabilidade, impulsionada pelo avanço nos ramos de saúde e vida. O banco reforçou que o segmento continuará sendo estratégico para a diversificação das fontes de receita e a estabilidade dos resultados no longo prazo.
Além dos números operacionais, o Bradesco destacou seu programa de transformação digital, que vem ganhando força nos últimos trimestres. A ampliação dos canais digitais e o investimento em tecnologia têm contribuído para reduzir custos administrativos e melhorar a experiência dos clientes, que cada vez mais realizam transações e contratações de produtos por meio dos aplicativos e plataformas online.
O índice de eficiência — que mede a relação entre despesas e receitas — apresentou melhora, alcançando o menor patamar desde o início de 2023. Esse avanço foi atribuído ao controle rigoroso de gastos, à automação de processos e à adoção de novas ferramentas de análise de dados, que permitem decisões mais precisas e ágeis.
Os analistas do setor bancário interpretaram o resultado como um sinal de recuperação sólida do Bradesco, após um ciclo de queda nos lucros observado entre 2022 e 2023. A expectativa é de que o banco mantenha o ritmo de crescimento nos próximos trimestres, especialmente se a economia brasileira continuar em trajetória de estabilização e o crédito corporativo mantiver seu ritmo de expansão.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 13,4%, demonstrando evolução em relação ao trimestre anterior e aproximando o Bradesco dos níveis de rentabilidade dos maiores bancos privados do país. O resultado reforça o movimento de recuperação de margem, com perspectiva de manutenção de lucros consistentes até o final do ano.
Encerrando o comunicado, o banco reafirmou seu compromisso com a solidez financeira e com a ampliação de sua base de clientes, reforçando que continuará priorizando a eficiência, a inovação e o crescimento sustentável. O resultado de R$ 6,2 bilhões, considerado expressivo para o cenário atual, confirma o Bradesco como uma das instituições financeiras mais resilientes e competitivas do mercado brasileiro.

