Empate com sabor amargo: Palmeiras e Cruzeiro ficam no 1 a 1 em partida cercada por polêmicas de arbitragem
O duelo entre Palmeiras e Cruzeiro, válido pelo Campeonato Brasileiro, terminou empatado em 1 a 1, mas o placar ficou em segundo plano diante das fortes reclamações contra a arbitragem. Em um jogo movimentado, com gols, tensão e lances contestados, as duas equipes saíram de campo com sensação de frustração — os paulistas por desperdiçarem chances claras, e os mineiros por se sentirem prejudicados em decisões decisivas.
O primeiro tempo começou com o Palmeiras controlando as ações e apostando na velocidade pelos lados. Endrick e Rony criaram boas oportunidades, mas o goleiro Rafael Cabral fez defesas importantes, evitando que o time alviverde abrisse o placar. O Cruzeiro, por sua vez, adotou postura mais reativa, tentando explorar os contra-ataques com Arthur Gomes e Matheus Pereira, que exigiram boas intervenções de Weverton.
O gol do Palmeiras saiu aos 35 minutos, após cruzamento de Mayke que encontrou Endrick livre na área. O jovem atacante cabeceou firme, sem chances para o goleiro. A torcida no Allianz Parque vibrou, mas a comemoração durou pouco: o VAR entrou em ação e, após longa revisão, confirmou o gol, apesar de pedidos de impedimento por parte dos cruzeirenses.
Na etapa final, o Cruzeiro voltou mais organizado e passou a incomodar o sistema defensivo palmeirense. Aos 22 minutos, Matheus Pereira sofreu falta na entrada da área em lance polêmico — os jogadores pediram pênalti, mas o árbitro assinalou apenas a infração. Na cobrança, Lucas Silva bateu com categoria e empatou a partida. O lance gerou revolta da equipe alviverde, que alegou toque de mão na barreira adversária, ignorado pela arbitragem.
O clima esquentou ainda mais nos minutos finais. Aos 40, o Palmeiras reclamou de um possível pênalti em Rony, que foi derrubado dentro da área. O árbitro mandou seguir, e novamente o VAR revisou o lance, mantendo a decisão de campo. A torcida, irritada, respondeu com vaias e gritos de protesto.
Nos acréscimos, o Verdão teve duas chances claras para desempatar, uma delas em chute de Raphael Veiga que explodiu no travessão. O Cruzeiro, exausto, recuou completamente e segurou o resultado, valorizando o ponto conquistado fora de casa.
Após o apito final, os dois técnicos falaram sobre a atuação da arbitragem. Abel Ferreira mostrou irritação com os critérios adotados e cobrou mais coerência nas decisões. Do outro lado, Fernando Seabra afirmou que o Cruzeiro também foi prejudicado em momentos cruciais e que o empate acabou sendo “injusto” para sua equipe.
Com o resultado, o Palmeiras se mantém na parte de cima da tabela, mas perde a chance de se aproximar da liderança. Já o Cruzeiro segue no meio da classificação, ainda sonhando com uma vaga em competições internacionais, mas preocupado com a oscilação nas últimas rodadas.
A partida, intensa e repleta de controvérsias, reforçou o debate sobre a utilização do VAR e a falta de uniformidade nos critérios de arbitragem no futebol brasileiro — um tema que, a cada rodada, parece ganhar ainda mais espaço nas discussões dentro e fora de campo.

