Esporte

Associação Atlética Ponte Preta faz festa histórica com invasão, lágrimas e provocação a Neto

A noite de sábado ficou marcada para sempre na memória alvinegra. Após conquistar o primeiro título nacional da sua história — ao vencer o Londrina Esporte Clube por 2 a 0 e levantar a taça da Série C de 2025 — a Ponte Preta enfim se libertou da longa espera de 125 anos. A festa, no estádio Estádio Moisés Lucarelli, estourou em euforia total: dos jogadores aos torcedores, todos vivenciaram uma comemoração intensa, regada a choro, emoção e um episódio de rivalidade que não faltou.

Momentos que ficaram para a posteridade

  • Assim que o apito final soou, parte da torcida adentrou o gramado, ignorando os avisos de segurança e transformando o “Majestoso” num balcão de festa. A invasão simbolizou o fim de um ciclo de frustrações e a consagração de um sonho guardado por gerações de ponte-pretanos.
  • Entre abraços, lágrimas e músicas, os próprios atletas tiveram momentos emotivos: alguns choravam, outros levantavam as mãos, e o capitão conduziu o time até o vestiário em clima de missão cumprida.
  • Em meio às bandeiras, camisas e cantos, uma faixa chamuscou pela irreverência: “A Ponte é campeã e o Neto é corno”. A provocação direta ao apresentador e ex-jogador Neto — ligado ao rival Guarani Futebol Clube — deixou claro que a festa tinha também pitada de rivalidade campineira.

O significado desse título

Não era apenas mais uma taça. Era o alívio de uma torcida que vivia na corda bamba dos “quase” e dos “nunca venceu nacionalmente”. Era o reconhecimento de que o clube pode sim bater de frente, convencer e conquistar. Para os jogadres e comissão técnica, tornou-se motivo de orgulho e de prova de que as dificuldades — atrasos salariais, pressão, incertezas — não foram capazes de apagar a chama. Para a torcida, a vitória permitiu fechar um capítulo que parecia interminável e abrir outro de esperança.

E agora? O que vem pela frente

Com o título consumado, a Ponte precisa transformar essa emoção em base para o futuro: manter a estrutura, garantir que a festa não se torne um evento isolado. O clube sobe à Série B em 2026, o que exige reforço de elenco, foco nas finanças e maturidade para lidar com expectativas. A torcida, por sua vez, já provou que não só vive a alegria, mas está pronta para apoiar — e cobrar.

A rivalidade acesa

O episódio da faixa contra Neto reafirma também que, no futebol, não há apenas troféus: há identidade, história e provocação. Em Campinas, Guarani e Ponte se digladiam há décadas, e esse corte simbólico representou, para muitos alvinegros, a consagração e o momento de valorizar o que foi aguardado por tanto tempo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *