Embraer bate recorde de pedidos e fecha o 3º trimestre com US$ 31,3 bilhões
A fabricante brasileira de aeronaves fechou o terceiro trimestre de 2025 com uma marca histórica: sua carteira de pedidos firmes atingiu US$ 31,3 bilhões, o maior valor já registrado pela empresa até hoje. Esse volume representa um crescimento de cerca de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior e avançou cerca de 5% sobre o trimestre anterior.
Principais destaques
- A divisão de aviação comercial alcançou uma carteira de US$ 15,2 bilhões, batendo um recorde de quase uma década.
- No segmento de aviação executiva, o total atingiu US$ 7,3 bilhões, com avanço de mais de 60% em relação ao ano anterior.
- Foram entregues 62 aeronaves durante o trimestre, acima das 59 entregas registradas no mesmo período do ano anterior.
O que esse resultado indica
Esse novo recorde evidencia que a Embraer está em um momento de fortalecimento global:
- A demanda por jatos comerciais — em especial modelos como o E195-E2 — segue em alta, com pedidos firmes de grandes companhias aéreas.
- No mercado de aviação executiva, os jatos corporativos mantêm apelo elevado, refletindo programas de crescimento em várias regiões.
- A carteira robusta cria uma “visibilidade” para os próximos anos de produção, o que tende a gerar confiança nos mercados de capital, fornecedores e na própria cadeia de valor.
Desafios à frente
Embora o panorama seja positivo, há fatores que a companhia terá de monitorar:
- A execução dos pedidos: ter um backlog elevado é importante, mas a entrega em tempo, com custos sob controle, será determinante para manter os ganhos de confiança.
- A cadeia de suprimentos global e os custos de produção seguem em foco, com riscos de inflação, câmbio e escassez que podem pressionar margens.
- A conversão de pedidos em receita efetiva: contratos firmes são um marco, mas a contabilização, o reconhecimento de receita e a rentabilidade final são os próximos passos essenciais.
Impacto para a empresa e para o Brasil
Para a Embraer, esse recorde reforça sua posição de protagonismo no setor aeroespacial internacional e melhora seu perfil perante investidores. Para o Brasil, significa ainda que uma empresa nacional segue conquistando mercados externos e gerando valor no competitivo setor global de aeronaves — com implicações positivas para a geração de empregos, tecnologia e exportações.