Setores do PSOL mantêm expectativa por candidatura de Boulos ao Senado em 2026
Mesmo após a eleição municipal de 2024, em que Guilherme Boulos consolidou sua imagem como uma das principais lideranças da esquerda, o PSOL ainda alimenta o desejo de vê-lo disputar uma vaga no Senado em 2026. A possibilidade, embora ainda tratada com cautela, vem sendo debatida por dirigentes e aliados do partido que enxergam em Boulos uma figura capaz de ampliar o espaço político da sigla no cenário nacional.
Nos bastidores, há quem veja a candidatura ao Senado como o caminho natural para o deputado federal, considerado uma das vozes mais influentes do campo progressista. O partido avalia que, após anos de construção política, Boulos reúne capital eleitoral suficiente para alcançar um cargo majoritário, especialmente no estado de São Paulo, onde seu desempenho nas urnas tem crescido de forma constante.
A aposta no nome de Boulos também é vista como uma forma de o PSOL manter protagonismo em um ciclo político que tende a ser marcado pela disputa entre forças tradicionais e novas lideranças. Para dirigentes da legenda, sua eventual candidatura representaria a consolidação de um projeto político mais amplo, com foco na ampliação das pautas sociais e na defesa de políticas públicas voltadas à redução das desigualdades.
Entretanto, aliados próximos afirmam que a decisão ainda não está tomada. Boulos teria dito a interlocutores que pretende avaliar com calma os rumos de sua trajetória e que, por ora, está concentrado em fortalecer o diálogo com a base e ampliar alianças dentro e fora da esquerda. A prioridade imediata seria consolidar sua atuação parlamentar e manter sua presença ativa em debates nacionais.
Dentro do PSOL, há correntes que defendem que Boulos deve se candidatar ao Senado em aliança com partidos do campo progressista, como o PT e o PCdoB. Essa estratégia teria o objetivo de unir forças contra candidatos conservadores e garantir uma representação mais robusta no Congresso Nacional. Alguns militantes, contudo, preferem que o partido mantenha candidatura própria e independente, sem comprometer a identidade ideológica da legenda.
O nome de Boulos também aparece em conversas sobre possíveis reconfigurações de alianças na esquerda. Sua relação próxima com o presidente Lula e setores do PT desperta tanto apoio quanto reservas internas. Parte do PSOL considera positiva a cooperação política entre os dois, enquanto outra parcela teme que o partido perca espaço e identidade ao se aproximar demais do governo.
Analistas políticos apontam que a eventual candidatura de Boulos ao Senado em 2026 teria potencial para reconfigurar o tabuleiro eleitoral paulista. Sua popularidade entre jovens e eleitores de periferia, somada à imagem de coerência e militância ativa, o colocaria como um adversário competitivo frente a nomes consolidados da política tradicional.
Enquanto o partido debate o futuro, Boulos segue participando de eventos públicos e mantendo sua atuação em temas como moradia, direitos humanos e combate à desigualdade. Essa presença constante ajuda a mantê-lo em evidência e alimenta a expectativa de que ele volte a disputar um cargo majoritário.
Lideranças do PSOL afirmam que, independentemente da decisão final, o partido seguirá empenhado em fortalecer seu projeto nacional. A legenda pretende ampliar sua base parlamentar e consolidar novas lideranças regionais, de forma a garantir maior presença nas eleições de 2026.
Assim, o nome de Boulos continua sendo um dos principais ativos políticos do PSOL. Seja como candidato ao Senado, seja como figura de articulação nacional, ele mantém o papel de ponte entre a militância e o eleitorado que busca uma alternativa progressista, coerente e combativa no cenário político brasileiro.