Philip Glass e a Amazônia: sinfonia é celebrada em performance na capital paraense
Belém recebe, nos dias 8 e 9 de outubro de 2025, o espetáculo “Águas da Amazônia – Rios e Povos”, uma releitura da obra do compositor norte-americano Philip Glass. Apresentada no Theatro da Paz, a performance une orquestra sinfônica, projeções audiovisuais e a participação de artistas indígenas, como a cantora Djuena Tikuna, em uma celebração à floresta e seus povos.
Originalmente composta em 1993 como parte de uma colaboração com o grupo mineiro Uakti, a obra foi inspirada pelos rios da bacia amazônica, incluindo o Negro, Tapajós, Purus, Xingu e Amazonas. Cada movimento da sinfonia é dedicado a um desses rios, transformando-os em personagens centrais que conduzem o público por uma travessia musical e espiritual.
Para esta apresentação em Belém, a obra foi enriquecida com projeções visuais criadas por dez artistas indígenas e amazônicos, ampliando a experiência estética e cultural do público. Essa versão atualizada da sinfonia destaca a importância da Amazônia tanto local quanto globalmente, oferecendo uma reflexão profunda sobre os rios e as culturas que os habitam.
O espetáculo ocorre em um momento significativo, com a atenção internacional voltada para a região devido à realização da COP30 no Brasil. “Águas da Amazônia – Rios e Povos” representa uma fusão única entre a música contemporânea e as tradições ancestrais, proporcionando uma experiência sensorial e espiritual imersiva para os espectadores.