No Espírito Santo, pesquisa aponta favoritismo de Casagrande em possíveis disputas pelo Senado
Um levantamento recente do instituto Real Time Big Data revelou que o atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, desponta como o nome mais forte entre os pré-candidatos ao Senado Federal nas eleições de 2026. Embora ainda faltem meses para o início oficial da campanha, os números iniciais da pesquisa apontam para uma vantagem considerável de Casagrande sobre possíveis adversários em diversos cenários simulados.
A sondagem, realizada com eleitores capixabas de diferentes regiões do estado, incluiu múltiplos cenários estimulados, levando em consideração a participação de nomes conhecidos da política local e nacional. Em todos eles, Casagrande aparece na frente, indicando um cenário favorável para o governador caso ele opte por disputar uma vaga no Senado após o fim de seu atual mandato no Executivo estadual.
Renato Casagrande: trajetória consolidada e alta capilaridade eleitoral
Com uma carreira política sólida e marcada por passagens tanto pelo Executivo quanto pelo Legislativo, Renato Casagrande já foi senador entre 2007 e 2010, antes de assumir pela primeira vez o governo do Espírito Santo. Atual governador reeleito, ele vem mantendo altos índices de aprovação ao longo dos últimos anos, o que tem reforçado sua imagem como liderança influente dentro do estado.
Além da visibilidade administrativa, Casagrande também tem conseguido se posicionar como um nome moderado em meio à polarização política nacional. Esse perfil tem sido valorizado por segmentos do eleitorado que buscam equilíbrio entre pautas econômicas, sociais e ambientais — áreas nas quais o governo estadual tem apresentado iniciativas de destaque.
Cenários testados indicam liderança com margem confortável
Segundo a pesquisa, Casagrande lidera com margem confortável sobre todos os possíveis adversários testados. A simulação inclui nomes como ex-prefeitos, deputados federais e estaduais, senadores que podem tentar a reeleição, além de figuras ligadas a grupos políticos de oposição no estado. Em todos os recortes, a liderança do governador é constante, demonstrando não apenas popularidade atual, mas também recall político.
Os dados mostram que sua vantagem é mais acentuada entre eleitores da Região Metropolitana da Grande Vitória e em parte do interior, onde programas de infraestrutura e políticas públicas estaduais têm tido maior visibilidade. Casagrande também tem um desempenho expressivo entre eleitores de faixas etárias mais altas e entre aqueles que se consideram independentes ou moderados politicamente.
Oposição ainda busca nomes viáveis para o Senado
Diante do favoritismo de Casagrande nas primeiras sondagens, partidos da oposição no Espírito Santo têm enfrentado dificuldades para definir nomes competitivos para a disputa ao Senado. Enquanto algumas legendas ainda avaliam a possibilidade de lançar candidaturas próprias, outras consideram apoiar nomes de fora da política tradicional ou tentar formar alianças para enfrentar o atual governador, caso ele confirme sua candidatura.
A pulverização de possíveis candidaturas oposicionistas pode, no entanto, favorecer ainda mais Casagrande. Em cenários de maior fragmentação, sua vantagem tende a se consolidar, dificultando a formação de uma frente unificada que consiga impor desafios reais à sua candidatura.
Fator tempo e variáveis eleitorais em jogo
Apesar dos números favoráveis, a eleição para o Senado ainda está distante, e o cenário pode se alterar com o avanço do calendário político. Até o período das convenções partidárias, haverá espaço para a entrada de novos nomes, mudanças de alianças e rearranjos internos entre as siglas.
Além disso, variáveis nacionais também podem influenciar o resultado no Espírito Santo, especialmente se houver envolvimento direto de líderes partidários de alcance nacional nas articulações locais. Ainda assim, a força regional de Casagrande tem sido um diferencial, tornando-o menos dependente das oscilações da política em Brasília.
Possível desincompatibilização e cálculo político
Para concorrer ao Senado, o governador precisaria deixar o cargo com antecedência, conforme exige a legislação eleitoral. Essa decisão depende não apenas dos índices de intenção de voto, mas também de um cálculo político mais amplo, que envolve sua sucessão no governo do estado, a formação de alianças e o impacto da sua saída sobre o equilíbrio político local.
Caso opte por disputar o Senado, Casagrande deverá articular uma transição que garanta continuidade administrativa e preserve seu legado político. A escolha do sucessor ou sucessora no governo também será crucial para evitar desgastes ou cisões dentro da base aliada.
Conclusão: cenário favorável, mas não definitivo
Os números da pesquisa indicam que, hoje, Renato Casagrande é o nome mais competitivo para representar o Espírito Santo no Senado a partir de 2027. Sua experiência, popularidade e atuação à frente do Executivo estadual o colocam em posição privilegiada, especialmente em um contexto de indefinições entre os adversários.
No entanto, como toda eleição, o cenário pode se transformar. A campanha ainda não começou oficialmente, e novos fatores — tanto locais quanto nacionais — podem surgir ao longo do caminho. A força de Casagrande é evidente, mas o caminho até o Senado ainda exigirá estratégia, articulação e cuidado com a manutenção de sua imagem pública até o momento da decisão.