Esporte

UEFA autoriza partidas da LaLiga e Serie A fora da Europa em casos excepcionais

A UEFA autorizou, de forma excepcional, a realização de dois jogos de ligas nacionais fora da Europa, marcando um passo histórico — e controverso — no futebol de clubes. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (6), permitirá que Barcelona x Villarreal, pela LaLiga, e Milan x Como, pela Serie A, sejam disputados fora dos países de origem das equipes.

O duelo espanhol está agendado para 20 de dezembro de 2025, no Hard Rock Stadium, em Miami, nos Estados Unidos. Já o confronto italiano deve ocorrer em fevereiro de 2026, na cidade de Perth, na Austrália.

Decisão com ressalvas

Apesar da autorização, a UEFA foi enfática ao afirmar que esses casos não representam uma mudança de política e que se tratam de situações “totalmente excepcionais”. A entidade justificou que sua posição continua sendo contrária à realização de partidas domésticas em solo estrangeiro, apontando preocupações com a lealdade dos torcedores locais, a integridade esportiva e o impacto logístico sobre os campeonatos nacionais.

No caso da Serie A, o pedido de exceção foi aceito devido à indisponibilidade do estádio San Siro durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, o que inviabilizaria a realização da partida em Milão. Já a LaLiga apresentou o argumento de promover o futebol espanhol globalmente, especialmente no mercado norte-americano.

Repercussão e debate

A decisão da UEFA dividiu opiniões. Muitos torcedores expressaram indignação, afirmando que a prática enfraquece a conexão dos clubes com suas comunidades locais. Por outro lado, dirigentes veem a medida como um passo para expandir o alcance comercial do futebol europeu e atrair novos públicos internacionais.

A entidade europeia reconheceu que as normas atuais da FIFA sobre jogos domésticos fora do país ainda são pouco claras, e sugeriu que o tema será reavaliado em futuras reuniões, para evitar que exceções pontuais abram precedentes duradouros.

Assim, embora o aval tenha sido concedido, a UEFA sinaliza que a internacionalização de jogos nacionais não deve se tornar uma tendência regular — ao menos por enquanto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *