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Foi zebra? Corinthians surpreende e vence o Mirassol com autoridade na Neo Química Arena

O Corinthians reencontrou o bom futebol e venceu o Mirassol por 3 a 0, em uma atuação convincente que surpreendeu torcedores e analistas. A vitória, conquistada com gols de Maycon, Yuri Alberto e André, contrariou as expectativas antes da partida — quando o time do interior paulista era apontado como favorito técnico, pelo desempenho consistente nas rodadas anteriores.

O resultado levantou a discussão: foi zebra o Corinthians vencer com tamanha facilidade?


Um cenário invertido

Antes do apito inicial, poucos apostavam em uma vitória tranquila do Corinthians. O Mirassol vinha de boas atuações, ocupando a parte intermediária da tabela e sendo elogiado pela disciplina tática e pela capacidade de competir contra adversários de maior investimento. Já o Timão, por sua vez, atravessava semanas de instabilidade, com desempenho irregular e dificuldades na criação ofensiva.

Sob o comando de Ramon Díaz, a equipe ainda buscava uma identidade clara em campo, alternando partidas de intensidade com outras de baixo rendimento. Por isso, o domínio completo diante do Mirassol foi tão inesperado — e, de certo modo, simbólico.


O roteiro da partida

Logo aos 22 minutos do primeiro tempo, Yuri Alberto foi derrubado dentro da área. O árbitro marcou pênalti, e Maycon converteu com categoria, abrindo o placar. O gol serviu como gatilho emocional para o Corinthians, que passou a controlar o jogo com autoridade.

Na segunda etapa, Yuri ampliou o marcador com um belo voleio, após jogada trabalhada pela esquerda. O atacante, que vinha sendo criticado por oscilar nas finalizações, viveu uma noite inspirada: sofreu o pênalti, marcou um gol e ainda deu assistência para André fechar o placar nos acréscimos.

O 3 a 0 refletiu uma atuação madura e coletiva — algo que há tempos o torcedor corintiano não via.


Tática e intensidade: o segredo do domínio

O Corinthians surpreendeu pelo equilíbrio tático e a intensidade. O time marcou alto, pressionou a saída de bola adversária e explorou as falhas defensivas do Mirassol, que insistiu em subir suas linhas.

O meio-campo, comandado por Maycon e Raniele, impôs ritmo e deu sustentação às investidas ofensivas. Na defesa, Cacá e Felipe Augusto mostraram firmeza e não permitiram espaços para o ataque do time do interior.

A compactação e o entrosamento, raros em jogos anteriores, fizeram o Corinthians parecer uma equipe completamente diferente da que vinha sofrendo na competição.


A surpresa e o peso da vitória

A facilidade do triunfo transforma o resultado em uma zebra relativa. Tecnicamente, o Corinthians tem elenco superior, mas o contexto da temporada tornava improvável uma vitória tão dominante.
O Mirassol, que vinha sendo elogiado pela consistência, se mostrou vulnerável defensivamente e incapaz de reagir ao controle corintiano.

O placar elástico e a atuação convincente dão ao Timão não apenas três pontos, mas também um alívio psicológico em um momento de pressão intensa. O time sobe na tabela, se afasta da zona de risco e reacende a confiança do torcedor.


Repercussão e próximos desafios

Após a partida, Ramon Díaz elogiou a postura do elenco:

“Hoje vimos o Corinthians que queremos. Competitivo, agressivo e concentrado. Precisamos manter esse padrão”, destacou o técnico.

O próximo compromisso será o clássico contra o Santos, fora de casa — um teste decisivo para medir se o bom momento é o início de uma retomada real ou apenas um lampejo isolado.

O Mirassol, por sua vez, enfrentará o Fluminense em casa, buscando recuperação e correção de falhas defensivas que custaram caro.


Conclusão

O 3 a 0 sobre o Mirassol foi mais do que uma vitória inesperada — foi uma demonstração de força e potencial de um Corinthians que parecia adormecido. Chamar o resultado de zebra é justo, mas talvez seja mais adequado dizer que o Timão, enfim, mostrou o tamanho que sempre teve, impondo-se com autoridade e dando um novo sentido à palavra “reação”.

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