Leila endurece discurso em meio à disputa por nova liga de clubes
As conversas sobre a criação de uma liga nacional de clubes seguem marcadas por divergências, e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, voltou a elevar o tom ao criticar diretamente a postura do Flamengo no processo. A dirigente defendeu um modelo mais democrático e acusou alguns clubes de tentarem impor suas vontades em detrimento da coletividade.
Segundo Leila, o futebol brasileiro precisa de uma organização moderna, capaz de valorizar o campeonato como um todo e não apenas determinados participantes. Ela tem repetido que “ninguém joga sozinho” e que todos devem ceder em prol de um formato que seja justo na divisão de receitas e no poder de decisão.
O alvo principal de suas críticas tem sido o Flamengo, acusado por ela de agir com soberba nas negociações. Leila chegou a ironizar a possibilidade de que a nova liga se forme sem a participação do clube carioca, em recado que repercutiu fortemente entre os dirigentes. Para ela, se a proposta não agradar, cada instituição tem o direito de buscar outro caminho, mas não pode travar um projeto que envolve tantos interesses coletivos.
Apesar do tom firme, Leila não descartou a presença do Flamengo na futura liga, mas deixou claro que não aceitará um modelo em que a palavra de um ou dois clubes tenha mais peso que a de todos os demais. “O futebol brasileiro precisa evoluir, e só vamos conseguir isso com união e respeito entre os clubes”, reforçou.
A fala reflete a tensão existente entre os grupos de times que discutem o novo formato. De um lado, estão os que defendem maior equilíbrio financeiro e esportivo; de outro, aqueles que preferem manter critérios de distribuição baseados no tamanho da torcida e na capacidade de gerar receita individual.
Caso a divisão permaneça, há o risco de o projeto de liga perder força ou se fragmentar em modelos paralelos, o que poderia adiar a modernização tão discutida nos últimos anos. Ainda assim, Leila acredita que, com pressão e clareza de objetivos, será possível chegar a um consenso que beneficie o futebol brasileiro como um todo.