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Sean “Diddy” retorna ao tribunal para tentar anular condenação

Sean “Diddy” Combs, magnata da música e figura central em diversos processos judiciais, deverá comparecer ao tribunal de Manhattan nesta quinta-feira (25) para uma audiência crucial relacionada à sua condenação criminal.

O objetivo da audiência é avaliar um pedido da defesa para anular dois dos veredictos de que ele foi considerado culpado por facilitar transporte interestadual com fins de prostituição.


Contexto do caso

Em 2 de julho de 2025, após um julgamento federal, Diddy foi considerado inocente das acusações mais graves de tráfico sexual por força, fraude ou coerção e de conspiração por crimes de racketeering. Contudo, foi considerado culpado em duas acusações relativas ao transporte de pessoas para fins de prostituição — uma violação da chamada Mann Act.

A sentença está marcada para 3 de outubro de 2025, caso o tribunal não aceite os pedidos de anulação ou modificação do veredicto.


O que Diddy e sua defesa argumentam

Durante a audiência de quinta-feira, os advogados de Combs irão sustentar que os veredictos referentes às acusações de transporte para prostituição são inválidos pelos seguintes motivos:

  1. Natureza de voyeurismo, não crime
    A defesa argumenta que as atividades em questão foram realizadas como “pornografia amadora”, com gravações privadas, e por isso estariam protegidas pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que resguarda liberdade de expressão.
  2. Ausência de envolvimento direto
    Um dos pontos centrais é que Diddy não teria participado fisicamente dos atos sexuais. A defesa afirma que ele organizou os encontros, mas seu papel não configuraria conduta criminal por si só.
  3. Momento processual para alegar argumento
    O juiz será instado a decidir se a tese de proteção pela Primeira Emenda poderia ou não ter sido apresentada em momento anterior do processo — ou se foi levantada tardiamente de forma irregular.

O que os promotores afirmam

Os procuradores federais, por sua vez, contestam esses argumentos, sustentando que:

  • Diddy organizou todos os aspectos dos encontros sexuais, incluindo o transporte dos participantes entre estados, o que configura infração da Mann Act.
  • O uso das gravações, bem como o contexto dos chamados “freak-offs” — sessões sexuais regulares organizadas por Diddy —, não pode ser visto como expressão artística ou atividade protegida por liberdade de expressão.
  • Alegam também que a aplicação de leis relacionadas ao transporte para prostituição independe de participação física direta nos atos sexuais.

Possíveis desfechos e impactos

Este julgamento de quinta-feira é decisivo para a trajetória do processo de Diddy:

  • Se os veredictos forem anulados, isso poderia reverter parcialmente sua condenação e impactar o cálculo final da pena.
  • Se o juiz mantiver os veredictos, a audiência encaminha o processo para a fase de sentença, marcada para 3 de outubro.
  • A defesa já solicitou uma pena de 14 meses, alegando que Diddy já cumpriu parte considerável desse tempo em detenção pré-sentença, o que, se aceito, poderia significar sua imediata libertação.
  • Os promotores, por outro lado, não descartam pleitear um período muito mais longo, potencialmente de vários anos, considerando a gravidade dos fatos alegados.

Além da consequência legal direta, o resultado desse julgamento tem repercussões públicas e simbólicas: Diddy é uma figura influente no meio musical e cultural, e seu destino judicial vem atraindo atenção internacional.

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