Esporte

São Paulo sucumbe diante da LDU, sofre com surto de lesões e é eliminado com 3 a 0 no agregado

O sonho do São Paulo na Copa Sul-Americana terminou de forma amarga. Após um início de campanha promissor, a equipe não conseguiu superar os inúmeros problemas físicos que assolaram o elenco e acabou sendo derrotada pela LDU de Quito, que confirmou a classificação com autoridade ao vencer o confronto por um agregado de 3 a 0. O resultado escancara a fragilidade de um time que, nos últimos meses, tem convivido com uma verdadeira epidemia de lesões e não conseguiu encontrar alternativas para se reinventar em campo.


Um São Paulo enfraquecido e sem reação

Desde o apito inicial, ficou claro que o time tricolor entrava em campo longe do seu potencial máximo. Sem várias peças importantes — entre titulares absolutos e reservas estratégicos — a equipe mostrou-se previsível, lenta e incapaz de impor seu jogo diante da LDU.

A ausência de nomes de referência afetou não apenas a parte técnica, mas também a confiança. O São Paulo parecia um time inseguro, sem a intensidade que caracteriza disputas em competições continentais. A LDU, por sua vez, soube explorar as fragilidades, alternando velocidade e força física para dominar as ações e não dar brechas para uma reação.


A epidemia de lesões

O fator mais marcante da eliminação tricolor foi o número impressionante de jogadores entregues ao departamento médico. Entre musculares e traumas de jogo, o São Paulo viu praticamente todas as posições serem afetadas ao longo da temporada. A consequência foi clara: um elenco desgastado, sem reposição de qualidade e com atletas jogando no limite físico.

Esse cenário comprometeu não apenas a escalação, mas também a forma de jogo. Abelado por improvisações e adaptações, o time não conseguiu sustentar intensidade nos dois jogos contra os equatorianos. A cada baixa, diminuíam as opções de banco e crescia a dependência de jovens ainda em formação.


A superioridade da LDU

Se o São Paulo lamenta, a LDU comemora. A equipe equatoriana mostrou por que é uma das mais tradicionais da competição continental. Com postura agressiva e organização defensiva impecável, soube explorar os erros do adversário e construir a vantagem com naturalidade. O jogo de ida, já em Quito, havia deixado os paulistas em situação delicada, e o duelo de volta apenas confirmou a distância entre os dois momentos.

A LDU não apenas venceu: mostrou mais equilíbrio, mais força física e mais preparo para enfrentar jogos de mata-mata.


Repercussão no Morumbi

A queda repercutiu de forma dura entre torcedores e dirigentes. As arquibancadas, que esperavam uma reação histórica, se calaram diante da apatia em campo. Nos bastidores, o debate gira em torno da preparação física e da necessidade de reforçar o elenco para evitar que uma temporada marcada por contusões volte a comprometer os objetivos em torneios decisivos.

Há também pressão sobre a comissão técnica, acusada de não conseguir soluções criativas diante dos problemas. Para parte da torcida, faltou ousadia e ajustes táticos mais contundentes para tentar equilibrar o confronto.


O que resta ao São Paulo

Com a eliminação, o São Paulo volta suas atenções às competições nacionais. O desafio agora é reerguer um elenco emocionalmente abalado e fisicamente esgotado. Recuperar jogadores lesionados e reforçar o grupo para 2025 se tornaram prioridades imediatas.

A eliminação, dura e sem gols marcados no agregado, servirá como alerta para a diretoria: sem planejamento físico adequado e peças de reposição à altura, dificilmente o clube voltará a competir de igual para igual em torneios continentais.

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