Economia

CEO da Pizza Prime alerta: risco de depender demais do pizzaiolo

O mercado de alimentação fora do lar no Brasil é repleto de histórias de sucesso, mas também de quebras repentinas. Entre os fatores que explicam a fragilidade de muitas operações, a dependência excessiva de talentos individuais aparece como um dos principais problemas. É o que destaca o CEO da rede Pizza Prime, ao afirmar já ter visto pizzarias fecharem as portas simplesmente porque o pizzaiolo decidiu sair.


O peso do “pizzaiolo estrela”

Em muitos negócios pequenos, o pizzaiolo é mais do que um funcionário: é o guardião da receita, do ponto da massa, do molho e até do estilo de atendimento. Quando ele deixa a empresa, não raro leva consigo parte da clientela fiel.

O executivo explica que esse cenário é comum em estabelecimentos familiares ou independentes, que não estruturam processos padronizados de produção. A saída de um único profissional pode abalar a qualidade percebida pelo consumidor e derrubar o faturamento em pouco tempo.


O desafio das redes

No caso de franquias como a Pizza Prime, o modelo tenta reduzir essa vulnerabilidade por meio da padronização de receitas, treinamento constante e centralização do fornecimento de insumos. Assim, o sabor e a experiência não dependem exclusivamente de um colaborador, mas de um sistema que pode ser replicado em diferentes unidades.

Ainda assim, o setor enfrenta alta rotatividade de funcionários e disputa por mão de obra qualificada. O pizzaiolo, figura tradicional na gastronomia italiana e brasileira, continua sendo um profissional valorizado e difícil de substituir.


Profissionalização como antídoto

O depoimento do CEO reforça uma lição para empreendedores: negócios de alimentação que se apoiam apenas no carisma ou no talento de uma pessoa ficam expostos a riscos de continuidade. Investir em processos claros, fichas técnicas detalhadas e cultura de equipe ajuda a blindar a operação contra perdas inesperadas.


O futuro da pizza no Brasil

Com o avanço das redes de franquia e a busca por modelos mais escaláveis, a tendência é que a padronização ganhe força sobre a figura do pizzaiolo estrela. Mas, como lembra o executivo, a pizza é um produto que carrega afetividade e tradição. O equilíbrio entre processos industriais e o toque humano continuará sendo um desafio para quem deseja crescer sem perder identidade.

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