Mercado musical brasileiro atinge R$ 116 bilhões em 2024
Em 2024, o mercado musical brasileiro atingiu um marco histórico, movimentando impressionantes R$ 116 bilhões, conforme apontado pelo estudo “PIB da Música no Brasil”, realizado pela Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima). Esse crescimento consolidou o país como um dos dez maiores mercados fonográficos do mundo.
Segmentação do mercado musical brasileiro em 2024:
- Shows ao vivo: R$ 94 bilhões
- Compra e venda de instrumentos e equipamentos de áudio: R$ 13,9 bilhões
- Gravação de músicas (incluindo streaming e vendas físicas): R$ 3,4 bilhões
- Fomento público: R$ 2,6 bilhões
- Direitos autorais: R$ 1,8 bilhão
O setor de shows ao vivo continuou sendo o principal responsável pela geração de receita, representando 81% do total movimentado. A venda de instrumentos e equipamentos também teve um papel significativo, com R$ 13,9 bilhões, enquanto a gravação de músicas, que inclui tanto o streaming quanto as vendas físicas, somou R$ 3,4 bilhões.
Streaming: o motor do crescimento
O streaming foi o principal impulsionador do crescimento do mercado fonográfico brasileiro. Em 2024, as plataformas de streaming geraram R$ 3,055 bilhões, representando 87,6% das receitas do setor. Esse valor reflete um aumento de 22,5% em relação ao ano anterior, consolidando o streaming como a principal fonte de receita para a indústria musical no país.
Distribuição das receitas para artistas
Apesar do expressivo crescimento do mercado, a distribuição das receitas para os artistas ainda é um desafio. Em 2024, os artistas receberam aproximadamente R$ 700 milhões, enquanto os compositores receberam cerca de R$ 250 milhões. Isso ocorre devido à divisão das receitas entre artistas, gravadoras e compositores, o que limita a parcela destinada diretamente aos músicos.
Perspectivas futuras
O desempenho do mercado musical brasileiro em 2024 reflete uma tendência de crescimento contínuo, impulsionado pela adaptação às novas formas de consumo e pelo fortalecimento das plataformas digitais. Com a manutenção desse ritmo de crescimento, o Brasil tem o potencial de consolidar ainda mais sua posição entre os maiores mercados fonográficos do mundo nos próximos anos.