Economia

ETFs no Brasil: gestores projetam salto de até dez vezes no mercado nos próximos anos

O mercado de fundos de índice (ETFs) no Brasil, ainda pequeno em comparação a outros países, está prestes a atravessar uma fase de forte expansão. Gestores e analistas avaliam que, com o amadurecimento da base de investidores e a popularização de instrumentos de baixo custo, o setor pode multiplicar de tamanho em até dez vezes nos próximos anos.


A fotografia atual

Hoje, o volume financeiro em ETFs no Brasil é considerado modesto diante do potencial do mercado. Apesar de já contar com opções que seguem índices de ações, renda fixa, commodities e até estratégias temáticas, o número de investidores ainda é restrito, concentrado sobretudo entre institucionais e parte da pessoa física de alta renda.


Por que o crescimento é esperado

Três fatores sustentam a expectativa de aceleração:

  1. Educação financeira e digitalização – O avanço das plataformas de investimento facilita o acesso de pequenos investidores, que encontram nos ETFs uma forma prática e barata de diversificação.
  2. Demanda por custos menores – Com taxas de administração geralmente inferiores às de fundos tradicionais, os ETFs se tornam atrativos num cenário em que investidores estão cada vez mais atentos ao impacto das tarifas sobre os retornos.
  3. Abertura regulatória e inovação – A CVM e a B3 vêm ampliando a gama de produtos permitidos, incluindo ETFs atrelados a renda fixa, criptomoedas e índices internacionais, criando novas portas de entrada.

A visão dos gestores

Gestores afirmam que, se o investidor brasileiro adotar o hábito de diversificar por meio de fundos de índice como acontece nos EUA e na Europa, o mercado nacional pode se multiplicar por até dez vezes. Isso significa não apenas mais recursos aplicados, mas também maior variedade de produtos, com ETFs mais sofisticados e segmentados.

Para eles, o movimento é inevitável: à medida que a cultura de poupança migra para a cultura de investimento, produtos simples, líquidos e baratos tendem a ser preferidos.


O que esperar do futuro

No curto prazo, a expectativa é de aceleração principalmente nos ETFs de renda fixa, favorecidos pela queda gradual da taxa Selic, que estimula busca por alternativas com melhor retorno ajustado ao risco. No médio e longo prazo, os fundos temáticos e de exposição internacional devem ganhar espaço, alinhando o investidor brasileiro a tendências globais.


Conclusão

O setor de ETFs no Brasil está longe de atingir sua maturidade. Com um potencial de crescimento de até dez vezes, o segmento pode se tornar protagonista no mercado de capitais, oferecendo ao investidor comum uma porta de entrada eficiente para estratégias que antes estavam restritas a profissionais e grandes instituições.

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