Economia

Domino’s lança quiosque e loja compacta; modelo brasileiro pode ser exportado

Inovação no DNA da rede

A Domino’s, maior rede de pizzarias do mundo, decidiu apostar em um novo formato de negócio no Brasil: quiosques e lojas compactas, pensados para atender áreas de grande fluxo de pessoas e regiões onde a abertura de unidades tradicionais se torna inviável. O projeto, que nasceu de análises de consumo locais, já é tratado como uma iniciativa piloto que pode ser exportada para outros países, mostrando como o mercado brasileiro tem servido de laboratório para inovações da marca.

Por que apostar no modelo compacto

O crescimento das grandes cidades brasileiras, aliado à popularização do delivery e das refeições rápidas, abriu espaço para formatos menores, que ocupam áreas reduzidas em shoppings, galerias e até estações de transporte. O objetivo da Domino’s é aumentar a capilaridade da rede, permitindo presença em locais antes inexplorados por limitações de espaço ou custo. Além disso, o modelo reduz investimento inicial e pode acelerar a expansão da marca em mercados estratégicos.

Como funcionam os quiosques

Os quiosques oferecem cardápio reduzido, focado nos sabores mais vendidos e em produtos de preparo ágil, sem comprometer a identidade da marca. Embora menores, contam com equipamentos que garantem a padronização da pizza, o que é considerado essencial para manter a qualidade global da Domino’s. O cliente pode consumir no local, retirar pedidos ou solicitar delivery, já que os pontos compactos também funcionam como base logística em regiões de alta demanda.

As lojas compactas

Paralelamente aos quiosques, a rede aposta em lojas compactas, unidades que ocupam espaços menores que as tradicionais, mas que preservam a experiência completa, incluindo atendimento no balcão, retirada e entrega. Essa estratégia é vista como fundamental para ampliar a presença em cidades médias e em bairros densamente povoados, onde o aluguel de grandes pontos comerciais se torna inviável.

O Brasil como laboratório

Não é a primeira vez que o Brasil serve como campo de testes para estratégias da Domino’s. A rede já havia utilizado o mercado brasileiro para experimentar novas soluções digitais e modelos de delivery, que posteriormente foram exportados para outras operações. A aposta nos quiosques reforça essa posição: o consumidor brasileiro, exigente e adaptado a serviços rápidos, oferece cenário ideal para validar ideias antes de expandi-las globalmente.

Concorrência e tendências do setor

O movimento da Domino’s acompanha uma tendência global de adaptação das redes de alimentação a novos hábitos de consumo. Marcas como McDonald’s, Burger King e KFC também vêm testando formatos menores, priorizando conveniência e eficiência logística. No setor de pizzarias, a concorrência é acirrada, com redes locais e aplicativos de entrega disputando espaço. Ao apostar em lojas mais enxutas, a Domino’s busca ampliar sua competitividade e se manter líder no segmento.

Impactos para franqueados

Para os franqueados, o modelo compacto representa menor investimento inicial e maior flexibilidade para escolher pontos comerciais. Isso pode atrair novos investidores para a marca, além de permitir que atuais parceiros expandam seu portfólio com unidades adicionais em locais de alta circulação. O formato ainda deve reduzir o tempo de retorno financeiro, tornando-se uma alternativa atraente para quem deseja entrar no mercado de alimentação rápida.

Potencial de exportação

A depender dos resultados obtidos no Brasil, a Domino’s já considera a possibilidade de levar o modelo para outros países, especialmente na América Latina e em mercados emergentes da Ásia e da África. Nesses locais, a combinação de crescimento urbano acelerado e renda em expansão favorece a aceitação de unidades compactas. A estratégia pode transformar o Brasil em referência global de inovação dentro da rede.

Perspectivas para os próximos anos

Com a consolidação do novo modelo, a Domino’s espera acelerar a expansão nacional, ocupando nichos de mercado ainda inexplorados e garantindo maior proximidade com o consumidor final. O sucesso no Brasil pode redefinir a forma como a rede planeja seu crescimento em nível mundial, mostrando que inovação não nasce apenas das sedes globais, mas também de mercados que sabem adaptar o negócio às realidades locais.

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