Esporte

André Ramalho assume postura ética e reconhece gol de Matheuzinho: “Minha ética não me deixaria”

Imbróglio do gol em Maracanã

No duelo entre Fluminense e Corinthians válido pela 23ª rodada do Brasileirão, realizado no Maracanã, o Timão saiu com uma vitória magra, mas de grande valor: 1 a 0. O gol, marcado em cobrança de falta do lateral Matheuzinho, foi interpretado pela arbitragem como desvio de cabeça do zagueiro André Ramalho. O detalhe causou dúvida e debate — afinal, até o juiz viu o gol como de Ramalho, mas o próprio jogador contestou essa atribuição logo após o jogo.

O que André Ramalho disse

Com tranquilidade e honestidade incomuns em situações parecidas, Ramalho admitiu que não acredita ter tocado na bola. Ele contou que “bateu um vento” no lance, o que pode ter desviado a trajetória da bola ou confundido observadores, mas afirmou que considera o gol mais como mérito do cruzamento de Matheuzinho do que como resultado de sua intervenção. Isso, segundo ele, influencia não só o reconhecimento individual, mas também valores pessoais: “Minha ética não me deixaria roubar esse gol dele”, disse em coletiva.

Dimensão ética e responsabilidade pessoal

Essa declaração coloca em evidência a importância da ética no futebol, um cenário muitas vezes marcado por disputas acirradas por crédito, estatísticas e destaque individual. Ramalho deu exemplo de como um jogador pode assumir uma posição de transparência, mesmo em um ambiente onde muitos preferem manter o crédito garantido por uma interpretação favorável de árbitros ou registros oficiais. Sua postura sinaliza respeito ao companheiro e ao jogo limpo, confirmando que há espaço para reconhecer mérito alheio mesmo quando se está no centro das atenções.

Repercussão entre torcedores e imprensa

A fala repercutiu bastante: torcedores do Corinthians elogiaram a atitude, vendo-a como um gesto de humildade. Já rivais comentaram que esse tipo de postura deveria ser mais comum, não excepcional. A imprensa destacou que, se confirmado que o gol seja realmente creditado a Matheuzinho, isso poderá aparecer nos registros oficiais, mas independentemente disso, ganhou espaço nos relatos e entre especialistas como exemplo de fair play.

Reflexos no elenco e no clube

Dentro do Corinthians, o comentário de Ramalho reforça o clima de responsabilidade. O elenco vinha sob pressão por oscilações no desempenho, e o resultado no Maracanã, ainda que apertado, foi visto como uma vitória de equipe, com mérito coletivo mais do que brilho individual. Matheuzinho, por sua vez, celebrou o gol — de fato — e teve sua imagem valorizada não só pelo cruzamento, mas também pelo reconhecimento público de Ramalho.

Impacto nos registros e estatísticas

Embora a arbitragem tenha anotado originalmente o gol para Ramalho, comentários recentes de imprensa especializada indicam que há possibilidade de ajustarem o crédito do gol para Matheuzinho nos registros oficiais do clube ou em bases de estatísticas, caso seja aceite que não houve desvio definido. Esse tipo de correção costuma depender de laudos técnicos ou das próprias instituições que mantêm essas bases.

O futebol, além do resultado imediato

Em síntese, o episódio vai além do placar de 1 a 0: mostra que futebol também é espaço de valores. A vitória sobre o Fluminense fora de casa foi importante para a classificação do Corinthians, mas o gesto de Ramalho deu outra dimensão ao resultado — não só como três pontos conquistados, mas como demonstração de caráter.

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