Gianecchini busca desafios na carreira: “Amaria fazer ‘The White Lotus’”
O ator Reynaldo Gianecchini, de 52 anos, participou do segundo dia do festival The Town, no Autódromo de Interlagos, e fez uma declaração reveladora sobre seus rumos profissionais. Ele expressou o desejo de integrar produções internacionais, especialmente aquelas com tramas mais enxutas e intensas — e destacou uma série em particular que admira: The White Lotus.
“Internacionalmente, se for para pensar grande, eu amaria fazer ‘White Lotus’. Amo esse tipo de narrativa em que tudo é sutil, mas mostra o mundo interno das pessoas prestes a explodir a qualquer momento. O ser humano é assim.”
Gianecchini também explicou seu interesse por formatos mais curtos: “Cada vez quero fugir um pouquinho do que já fiz e procurar coisas novas. Tenho vontade de fazer mais séries. Passei a vida inteira fazendo novela, mas poucas séries. Na Globo, por exemplo, nunca fiz nenhuma. Tenho vontade de participar desses projetos mais curtos, intensos, mas que também deixam tempo para curtir a vida, e não só trabalhar como um maluco.”
Uma nova fase: liberdade criativa e maturidade
O ator valoriza as vantagens de ter se desligado de contratos fixos — especialmente após anos dedicados ao formato tradicional das novelas. Ele vê esse momento como oportunidade para explorar novas linguagens e formatos:
“Estou em um momento de virada na minha carreira… Encerrei um ciclo grande e maravilhoso. Agora tenho total liberdade para escolher meus projetos… Quero me testar em outros lugares.”
Essa liberdade permitiu que Gianecchini se dedique ao teatro — como no espetáculo ambientado na Itália, com dança e músicas dos anos 1940 — e também à produção própria, deixando espaço para narrativas mais pessoais e menos frenéticas.
Buscando narrativas humanas e cotidianas
Gianecchini ressaltou ainda seu desejo de trazer à tona histórias simples, que abordem as complexidades da vida cotidiana e sentimentos humanos mais sutis:
“No Brasil a gente fala de muitos temas sociais importantes, mas às vezes esquece de contar as histórias simples: os problemas do vizinho, da mãe de família, do pai de família. Isso também é um mundo em ebulição que quase não é retratado.”