A “carraspana” de Gilmar em Tarcísio: a afirmação que revelou um novo golpista
1. Uma bronca simbólica e poderosa
Em resposta às provocações do governador Tarcísio de Freitas no feriado da Independência, o ministro Gilmar Mendes protagonizou uma verdadeira “carraspana política”. Ao desmentir a ideia de “ditadura da toga” e ao afirmar que o país não aguenta mais tentativas de golpe, Gilmar expôs com firmeza o que vê como um retrocesso à democracia.
2. A declaração que sacudiu o cenário politico
Gilmar foi taxativo ao afirmar que liberdade verdadeira não se constrói atacando instituições, mas fortalecendo-as. Ele afirmou que não há ministros agindo como tiranos e que o Supremo Tribunal Federal está cumprindo seu papel de guardião da Constituição. Esse contraste direto com as falas de Tarcísio, que criticou a Justiça e convocou seus seguidores a desconsiderarem decisões judiciais, foi percebido como um ponto de virada — transformando o discurso do governador em um sinal claro de abalo institucional.
3. Um “golpista a partir deste domingo”
A intensidade da reação de Gilmar ecoou no cenário político como um alerta: Tarcísio não seria mais apenas um político polêmico, mas um golpista assumido. A partir do momento em que ele sugeriu ignorar a Justiça e atacar o Supremo, sua postura foi interpretada como prova de descompromisso com a democracia — marcando-o como um candidato disposto a desafiar o Estado de Direito.
4. O impacto na esfera política
A repercussão foi imediata. A fala de Gilmar foi lida como um choque de realidade dentro das forças democráticas, despertando a percepção de que Tarcísio estava cruzando uma linha que não volta. O governante, que até então era visto como um representante da direita moderada, passou a ser identificado como “Bolsonaro 2.0” — figura disposta a flertar, de forma clara e direta, com o autoritarismo.
5. Conclusão: o sinal de alerta
O episódio foi mais do que uma disputa retórica: foi uma convocação para que a sociedade e as instituições repensem o tipo de liderança que se pretende elevar. A “carraspana” de Gilmar Mendes fez emergir uma narrativa: a partir daquele domingo, Tarcísio não era mais apenas um candidato — era um agente ativo de desestabilização democrática.