“Minha vida virou um inferno”: Paolla Oliveira fala sobre pressão estética
Aos 43 anos, Paolla Oliveira relatou o impacto intenso de comentários sobre seu corpo, revelando o sofrimento por trás da pressão estética. Durante sua participação no videocast Conversa Vai, Conversa Vem, ela descreveu o que passou como “o inferno que se tornou a minha vida”. Contou que havia momentos em que se sentia bonita, mas recebia olhares críticos ao vestir uma roupa, como se não fosse “bonita para os outros”. Também lembrou de perguntas recorrentes sobre quantos quilos deveria emagrecer para um trabalho, ao invés de questões sobre o personagem em questão.
A situação chegou a um ponto crítico durante o Carnaval, quando todo o foco estava em sua dieta, e não nas festividades ou nas vestimentas. Paolla relatou que enfrentou uma crise profunda, chegando a pensar “se tem que ser assim, não quero mais”.
O caminho para superar esse momento veio justamente da rede: um ambiente complexo, mas que também funciona como espaço de identificação e apoio para muitas mulheres. Foi ao ver outras mulheres se mostrando, celebrando a diversidade corporal, que ela percebeu que havia “outro caminho”. Passou a se reconhecer e reafirmar que precisava viver de acordo com o que pensa, não com a expectativa alheia. Apesar da dureza, ela reconheceu que, aos poucos, conquistou um lugar de mais conforto — ainda que “a régua continua cruel demais”.
Um dos momentos-chave dessa jornada, segundo a atriz, foi quando publicou um vídeo afirmando: “Quero que se dane meu peso, a dieta que vou fazer, não vou fazer nada, parem de me perguntar”.
Falar abertamente sobre o tema teve um efeito poderoso. Paolla reagiu com emoção à história de mulheres que passaram a usar biquíni por causa do seu discurso. Disse sentir “um misto de responsabilidade, alegria e felicidade”, e enfatizou: não pretende parar de levantar essa pauta. Entende que convidar mulheres a encontrarem liberdade e conforto com seus corpos — longe de expectativas externas — é uma missão que não tem fim.
Panorama cronológico e reflexões adicionais
- Antes, Paolla já havia admitido que por muito tempo acreditou que as críticas ao seu corpo eram justas, mas se libertou dessa percepção ao entender que essas cobranças atingem muitas mulheres.
- Para enfrentar a objetificação, ela afirmou ter buscado um espaço de aceitação para seu corpo, valorizando partes que já existiam — como coxas e braços — diante de julgamentos cruéis.
- Em entrevistas anteriores, Paolla chegou a dizer que não permitiria que o corpo fosse assunto público: “Ninguém tem que falar sobre o meu corpo, não dei permissão e nem liberdade para isso”.
- No Fantástico, ela lembrou o impacto psicológico de críticas constantes, como tristeza, desconforto ao ver fotos e até reações físicas intensas. Hoje, encara tudo com mais coragem e consciência.