Economia

Europa reconhece Brasil como livre da gripe aviária e retoma importação de frango

O setor de proteínas animais brasileiro recebeu uma notícia de grande impacto positivo: a União Europeia reconheceu oficialmente o Brasil como livre da gripe aviária e anunciou que vai retomar a importação de carne de frango. A decisão encerra um período de apreensão para a avicultura nacional, que enfrentava restrições desde a confirmação de casos isolados da doença em aves silvestres.

A importância da decisão

A Europa é um dos principais mercados para o frango brasileiro, não apenas pelo volume adquirido, mas também pelo valor agregado — já que grande parte das exportações envolve cortes especiais e produtos processados, com margens mais altas. A suspensão temporária afetava diretamente os produtores, frigoríficos e toda a cadeia de grãos, que fornece milho e soja para ração.

Com a liberação, a expectativa é de que o setor volte a ampliar embarques já nos próximos meses, recuperando espaço em um mercado de alto padrão sanitário e exigência regulatória.

Brasil e o status sanitário

O Brasil sempre manteve a posição de único grande exportador global sem registro de gripe aviária em plantéis comerciais, um diferencial que o colocou como fornecedor de confiança no mercado mundial. Os casos recentes de influenza aviária ocorreram em aves silvestres e em pequenas criações de subsistência, sem atingir grandes granjas.

Graças à atuação rápida do Ministério da Agricultura, que isolou focos e reforçou medidas de vigilância, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu que o país preservou o status de livre da doença em nível comercial. Esse reconhecimento abriu caminho para que blocos como a União Europeia reavaliassem suas restrições.

Impacto econômico

A avicultura é um dos pilares do agronegócio brasileiro. O país é o maior exportador de carne de frango do mundo, atendendo mais de 150 mercados. Em 2024, o setor gerou bilhões de dólares em receitas e foi essencial para manter o superávit da balança comercial.

A decisão europeia deve:

  • Reforçar a imagem do Brasil como fornecedor seguro e confiável.
  • Aumentar a demanda interna por grãos, já que o crescimento das exportações eleva o consumo de ração.
  • Ajudar a estabilizar preços pagos ao produtor, que vinham sofrendo com volatilidade diante da incerteza sobre o comércio internacional.

Próximos passos

Empresas do setor já se preparam para intensificar negociações e contratos com importadores europeus. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro deve manter vigilância sanitária redobrada para evitar novos episódios que possam gerar embargos.

Além da União Europeia, outros mercados que haviam adotado cautela também devem seguir o mesmo caminho, ampliando o espaço para o frango brasileiro em meio à crescente demanda global por proteínas de origem animal.

Um alívio para o setor

Para os produtores e exportadores, a notícia representa um verdadeiro alívio depois de meses de incertezas. A retomada das vendas à Europa não só garante maior estabilidade ao setor.

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