Aumento de escolas no Grupo Especial do Rio divide opiniões no Carnaval 2025
O Carnaval de 2025 no Rio de Janeiro trouxe mudanças significativas para o Grupo Especial de Escolas de Samba, gerando debates intensos entre agremiações, especialistas e o público. Uma das principais alterações foi o aumento no número de escolas participantes e a extensão do tempo de desfile.
Aumento no número de escolas e tempo de desfile
Tradicionalmente, o Grupo Especial contava com 12 escolas, que se apresentavam em dois dias de desfile. No entanto, para o Carnaval de 2025, a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) decidiu ampliar o número de escolas para 15, dividindo os desfiles em três noites consecutivas, com cinco escolas se apresentando por noite. Além disso, o tempo de apresentação de cada escola foi aumentado de 70 para 80 minutos.
Essas mudanças visaram proporcionar mais tempo para cada agremiação mostrar seu enredo e facilitar a logística de apresentação. No entanto, a decisão gerou controvérsias. Alguns integrantes do meio carnavalesco criticaram a falta de consulta à comunidade do samba antes da implementação das mudanças. Além disso, houve preocupações sobre a possibilidade de saturação do público com o aumento no número de desfiles.
Alterações no julgamento e infraestrutura
Outra mudança significativa foi a alteração no sistema de julgamento. Anteriormente, os jurados avaliavam todas as escolas ao final dos dois dias de desfile. Com as novas regras, as notas passaram a ser fechadas ao final de cada noite, permitindo uma avaliação mais imediata e equilibrada das apresentações.
Além disso, a disposição das cabines de jurados foi modificada. Agora, há quatro módulos de julgamento espalhados ao longo da avenida, dois em cada lado, eliminando as antigas cabines duplas. Essa mudança visou melhorar a visibilidade e a imparcialidade na avaliação das escolas.
Repercussão e perspectivas futuras
As mudanças implementadas no Carnaval de 2025 geraram discussões sobre a preservação das tradições do samba e a necessidade de inovação. Enquanto alguns defendem que as alterações são necessárias para modernizar o evento e atrair um público mais amplo, outros temem que isso possa diluir a essência do carnaval carioca.
A decisão de aumentar o número de escolas e o tempo de desfile também levantou questões sobre a sustentabilidade do evento a longo prazo. Especialistas sugerem que é fundamental equilibrar a inovação com a preservação das características que tornam o Carnaval do Rio único.
À medida que o Carnaval de 2026 se aproxima, espera-se que o debate sobre essas mudanças continue, com a comunidade do samba buscando formas de conciliar tradição e modernidade para garantir o futuro do espetáculo.
