Economia

Nova regra permite que agricultor gaúcho receba turistas e amplie sua renda

Os pequenos agricultores do Rio Grande do Sul ganharam uma nova alternativa para diversificar sua fonte de renda. Com a regulamentação de uma lei estadual que trata do turismo rural, os produtores poderão abrir suas propriedades para receber visitantes, oferecendo experiências que vão desde hospedagem simples até atividades ligadas à agricultura, gastronomia regional e práticas culturais típicas do interior.

A proposta atende a uma demanda antiga do setor agrícola, especialmente em regiões que já possuem vocação para o agroturismo. Agora, os agricultores poderão, de forma legal e regulamentada, complementar os ganhos obtidos com a produção agrícola tradicional, explorando a curiosidade e o interesse crescente dos turistas em vivenciar o dia a dia no campo.

De acordo com a nova regra, o agricultor que aderir ao modelo poderá organizar passeios pelas lavouras, oferecer degustação de produtos caseiros, como queijos, vinhos e embutidos, além de promover atividades de educação ambiental, cavalgadas e oficinas ligadas ao modo de vida rural. Para muitos, isso representa também uma forma de valorizar a cultura gaúcha e manter vivas tradições que correm risco de se perder com o avanço da urbanização.

O governo do estado aposta que a medida ajudará a fortalecer a economia local em municípios pequenos, gerando emprego indireto em áreas como transporte, hospedagem e gastronomia. Além disso, o turismo rural pode estimular a permanência dos jovens no campo, oferecendo uma nova perspectiva de negócio dentro das propriedades familiares.

A regulamentação, no entanto, estabelece exigências. Os agricultores que desejarem receber turistas precisarão seguir normas de segurança, higiene e acessibilidade, além de registrar suas atividades junto a órgãos competentes. O objetivo é garantir qualidade na oferta e segurança tanto para os visitantes quanto para os anfitriões.

Especialistas em economia rural avaliam que a iniciativa pode representar um marco para o setor agrícola gaúcho, criando um elo mais forte entre campo e cidade e aproximando a população urbana da realidade da produção de alimentos. Já para os agricultores, a possibilidade de diversificar receitas é vista como um passo importante em tempos de custos de produção elevados e margens cada vez mais apertadas.

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