Após tropeço contra o Chile, volta de Neymar vira debate: Maracanã deve pedir o craque?
O empate da seleção brasileira contra o Chile reacendeu uma velha discussão no futebol nacional: o Brasil sente falta de Neymar? O resultado, considerado abaixo das expectativas, fez crescer nas arquibancadas e na imprensa a especulação sobre o futuro do atacante com a camisa da seleção.
No programa de debates esportivos, os jornalistas Juca Kfouri e José Trajano analisaram o tema, cada um com sua perspectiva. Para Juca, o Brasil vive um processo de renovação que não pode ser freado pelo saudosismo. Ele lembrou que a seleção precisa aprender a jogar sem depender de um único jogador, apostando em talentos mais jovens que já começam a ganhar protagonismo na Europa. “O Maracanã pode até gritar por Neymar, mas o que o futebol brasileiro precisa é de uma nova identidade, sem amarras ao passado”, defendeu.
Trajano, por outro lado, ponderou que a pressão da torcida no Rio de Janeiro pode ser determinante. Segundo ele, a relação do público com Neymar sempre foi marcada por altos e baixos, mas a ausência do craque, somada a um resultado ruim, pode transformar o estádio em palco de clamor pelo retorno. “O torcedor brasileiro gosta de ídolo. Se sentir que o time está carente de protagonismo, é natural que o nome de Neymar ecoe das arquibancadas”, afirmou.
O debate também tocou em pontos delicados: o desgaste físico e as seguidas lesões de Neymar, além da cobrança sobre sua postura fora de campo. Para parte da imprensa, o craque já não entrega o mesmo nível de intensidade que tinha no auge, e o risco de voltar a centralizar todo o jogo nele seria um retrocesso no trabalho de renovação.
Enquanto isso, a CBF e a comissão técnica mantêm silêncio sobre uma eventual volta do atacante. Nos bastidores, há quem veja sua presença como fator de liderança, mas também quem tema que ela atrapalhe o espaço conquistado por jovens que começam a se consolidar no cenário internacional.
A dúvida que paira é simples: se a seleção voltar a tropeçar diante de rivais e a pressão aumentar, o grito de “Neymar” pode ecoar no Maracanã e se tornar um pedido popular quase incontornável.