Empate do Flamengo foi pior que o do Palmeiras? Colunistas avaliam os dois tropeços

Os empates sem gols de Palmeiras e Flamengo, em rodadas recentes do Brasileirão, provocaram comparações inevitáveis. Enquanto o time de Abel Ferreira travou um clássico truncado contra o Corinthians, o Rubro-Negro de Tite ficou no zero contra um adversário teoricamente mais acessível, gerando a sensação de que o tropeço do Flamengo foi mais preocupante.

Contextos distintos, frustrações diferentes

No caso do Palmeiras, os analistas lembram que clássicos quase sempre nivelam por baixo: há rivalidade, pressão, marcação intensa e, muitas vezes, pouco espaço para jogadas ofensivas. Apesar da decepção pela falta de gols, o empate foi considerado aceitável pelo grau de dificuldade do duelo.

Já o Flamengo enfrentou um adversário de menor expressão, com elenco limitado e lutando na parte de baixo da tabela. O time carioca dominou as ações, mas apresentou baixa criatividade e novamente mostrou dependência de soluções individuais de Arrascaeta e Pedro. Para os colunistas, o resultado não apenas custou pontos preciosos, como reforçou a percepção de que a equipe de Tite ainda não encontrou equilíbrio no ataque.

Desempenho em campo

• Palmeiras: teve posse de bola, organização e controle territorial, mas faltou contundência. O termo “arame liso” voltou a ser usado para definir a equipe que cerca, pressiona, mas não fere.
• Flamengo: controlou a posse, mas pecou em ritmo, finalizações e variação ofensiva. A lentidão na troca de passes foi apontada como um dos problemas mais graves.

Peso para a tabela

Os dois empates, em termos práticos, custaram ao menos dois pontos importantes para cada equipe na briga pelo topo. Porém, para os comentaristas, o do Flamengo soou mais grave porque, em tese, era jogo para vencer sem sustos. No caso palmeirense, empatar um clássico ainda é visto como algo “tolerável” no longo campeonato.

Pressão sobre os técnicos

Tite saiu mais pressionado do que Abel. O treinador rubro-negro foi cobrado por não conseguir dar intensidade e repertório ofensivo a um elenco estrelado, enquanto Abel manteve a confiança da torcida e da imprensa, mesmo diante da frustração pelo 0 a 0.