Vice-presidente da CPMI do INSS garante foco técnico e afasta viés ideológico
O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS afirmou que os trabalhos da comissão terão caráter estritamente técnico, afastando qualquer intenção de transformá-la em palco ideológico. A declaração surge em meio a debates acalorados no Congresso sobre fraudes previdenciárias e a condução de investigações envolvendo altos valores e autoridades com foro privilegiado.
Objetivo da CPMI
A comissão tem como principal meta apurar irregularidades no INSS, incluindo fraudes em concessão de benefícios, descontos indevidos e supostas práticas de corrupção. A expectativa é que a CPMI funcione como um instrumento de controle e fiscalização, reunindo dados de auditorias internas, relatórios da CGU e investigações da Polícia Federal.
Garantia de neutralidade
O vice-presidente ressaltou que a comissão não será utilizada para perseguições políticas ou para influenciar disputas partidárias. “Nosso foco é entender os fatos, identificar responsáveis e propor soluções efetivas para o sistema previdenciário, sem transformar a CPMI em um palco de ideologias”, afirmou.
Procedimentos e fiscalização
Entre os pontos centrais dos trabalhos estão:
- Solicitação de informações detalhadas do INSS e do Ministério da Economia;
- Convocação de gestores, técnicos e auditores para prestar esclarecimentos;
- Análise de dados sobre benefícios suspensos, cancelados ou concedidos de forma irregular;
- Avaliação de medidas de controle interno que possam prevenir novas fraudes.
Impactos esperados
A expectativa é que a comissão contribua para aumentar a transparência e eficiência do INSS, evitando desperdícios de recursos públicos e fortalecendo a confiança na administração previdenciária. Parlamentares envolvidos reforçam que a intenção é propor ajustes normativos e de gestão, sem prejudicar servidores concursados ou segurados de forma indevida.
Cronograma de atuação
A CPMI já iniciou a coleta de documentos e deve ouvir, nas próximas semanas, representantes do Ministério da Economia e especialistas em previdência. O vice-presidente adiantou que o relatório final terá caráter técnico e poderá embasar medidas legislativas para aprimorar o controle sobre o sistema.