Justiça arquiva ação sobre fala de Gayer envolvendo Gleisi e Alcolumbre, vista como crítica política
A Justiça do Distrito Federal decidiu arquivar uma ação movida contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por ter insinuado nas redes sociais uma espécie de “trisal” entre a ministra Gleisi Hoffmann, o deputado Lindbergh Farias e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Decisão judicial
A juíza Thaís Araujo Correia, da 17ª Vara Cível do DF, considerou que a insinuação de Gayer, ainda que provocativa, se enquadra como crítica política legítima e está protegida pela imunidade parlamentar. Essa prerrogativa garante aos parlamentares liberdade para se expressar em contextos políticos, sem implicações judiciais por opiniões controversas. Com isso, o pedido de indenização de R$ 60 mil por danos morais foi negado, bem como a obrigatoriedade de remoção da postagem.
Reações ao processo
A fala gerou forte reação política: Alcolumbre cogitou processar Gayer no STF e pedir sua cassação no Conselho de Ética da Câmara, enquanto Gleisi e Lindbergh também entraram com queixas-crime no Supremo. Esses processos ainda estão em andamento sob relatoria do ministro Luiz Fux.
Interpretação da Justiça
A magistrada ressaltou que, apesar da repercussão negativa, os envolvidos são figuras públicas e sujeitos a críticas no ambiente político. Em sua decisão, ela destacou que “comentários em apreciação não assumem, nesse contexto, força suficiente para causar prejuízo ao patrimônio moral” dos autores da ação.