Economia

Inflação em queda: melhora definitiva ou apenas um respiro?

A desaceleração da inflação no Brasil trouxe alívio, mas não significa que o problema esteja resolvido.

O que vem melhorando

Nos últimos meses, a estimativa de inflação anual caiu para 4,95%, acumulando doze reduções consecutivas nas previsões do mercado. O número já se aproxima do teto da meta oficial de 4,5%. Em julho, o índice mensal ficou em 0,26%, influenciado principalmente pela queda nos preços de alimentos básicos, como batata, cebola e arroz. Para os próximos anos, as projeções indicam 4,5% em 2026 e 4% em 2027, sugerindo um cenário de maior estabilidade.

Ainda há riscos

Apesar da trégua, o cenário não é totalmente positivo. O setor de serviços continua pressionado, com expectativa de alta em torno de 6% em 2025, acima da inflação geral. Além disso, fatores externos, como tarifas impostas por outros países e riscos ligados às contas públicas, podem reacender a pressão inflacionária. Outro ponto é que os juros seguem elevados: ajudam a conter os preços, mas ao mesmo tempo limitam o crescimento econômico.

Conclusão

A inflação mais baixa é uma boa notícia e mostra que a política monetária está surtindo efeito. No entanto, ainda não há espaço para comemoração definitiva. O país vive um momento de respiro, mas com desafios importantes pela frente, como a necessidade de equilíbrio fiscal e o risco de novas pressões externas.

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