Esporte

MP recorre e tenta incluir estelionato em caso que já torna Bruno Henrique réu por fraude esportiva

O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, já figura como réu no processo criminal no Distrito Federal por fraude esportiva, segundo decisão judicial de 25 de julho de 2025. A acusação se baseia em indícios de que ele teria forçado um cartão amarelo contra o Santos no Brasileirão de 2023, favorecendo apostas feitas por familiares — o que configura crime previsto no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de prisão.

Na mesma decisão, o juiz Fernando Brandini Barbagalo rejeitou categoricamente a acusação de estelionato, alegando que faltou a representação formal das casas de apostas — requisito necessário para esse tipo penal. Também foram indeferidos os pedidos de fiança no valor de R$ 2 milhões e outras medidas cautelares como proibição de contratos de patrocínio e de apostas.

No entanto, em 12 de agosto de 2025, o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) recorreu da decisão. O recurso busca incluir a acusação de estelionato no processo, argumentando que o juiz teria cometido um “duplo equívoco” ao excluí-la. O MP sustenta que as casas de apostas já demonstraram claramente que cooperaram com as autoridades, fornecendo dados e alertas sobre possíveis fraudes — o que, em sua visão, deveria ser suficiente para caracterizar a representação necessária.

Essa mobilização do MP também contesta o fato de o jogador não ter sido submetido a nenhuma medida cautelar até agora, o que consideram um descuido da Justiça.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *