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Arlindinho retoma o samba após perda do pai e relembra legado comovente

Arlindinho, de 33 anos, enfrentou um dos momentos mais difíceis de sua vida ao perder recentemente o pai, o consagrado sambista Arlindo Cruz. Mas, fiel a um dos ensinamentos mais marcantes do legado paterno, ele comprovou que “o show tem que continuar”. Na noite do dia 11 de agosto, o sambista voltou aos palcos em uma roda de samba na emblemática Lapa, no Rio de Janeiro — um retorno marcado por saudade, força e emoção.

Nas redes sociais, Arlindinho compartilhou cenas da apresentação no Beco do Rato e resgatou o conselho mais inspirador que ouviu do pai: “Numa das muitas coisas que aprendi com o meu pai foi que o show tem que continuar sempre! E o meu reencontro com o samba tinha que ser na nossa casinha. Te amo, Beco do Rato.”

A homenagem não passou despercebida — a irmã do cantor, Flora Cruz, comentou emocionada: “Você é exemplo de força e superação! Nós te amamos e estamos juntos até depois do fim.” O vocalista do Sorriso Maroto, Bruno Cardoso, também prestou solidariedade: “É isso aí, meu irmão. Teu pai está orgulhoso do incrível artista que você se tornou. Axé!” Pretinho da Serrinha ainda reforçou com afeto: “Isso aí, meu compadre.”

O velório do sambista, realizado no dia 9 de agosto na quadra do Império Serrano, trouxe a cultura e o espírito alegre que Arlindo sempre carregou: músicas, churrasco e cerveja — exatamente conforme seu desejo. O cortejo seguiu pelas ruas do Rio até o sepultamento realizado no domingo, dia 10.

Em outras ocasiões, Arlindinho havia expressado o compromisso de manter vivo o legado do pai. No programa Samba na Gamboa, transmitido pela TV Brasil em março, ele homenageou a obra de Arlindo com interpretações de clássicos como Dor de Amor, O Show Tem que Continuar, Bom Aprendiz — sua parceria com o pai — entre outras composições significativas.

Este retorno, portanto, tendo como palco o samba e reunindo o calor da comunidade carioca, representou muito mais que um evento musical: foi um momento simbólico de continuidade e reverência ao mestre. Arlindinho mostrou, com voz e coração abertos, que a história do samba segue viva — e que o amor, a dor e a celebração podem se unir num só compasso.

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