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Chefe da Ferrari defende Hamilton após turbulência no GP da Hungria: “É exigente e heptacampeão”

A temporada da Ferrari na Fórmula 1 sofreu um baque durante o GP da Hungria, com uma atuação considerada abaixo do esperado de Lewis Hamilton. Depois de uma frustração evidente ao se classificar apenas em 12º lugar — posição na qual também terminou a corrida — o britânico fez comentários duros sobre si mesmo, chegando a afirmar que se sentia “inútil” e sugerir que a equipe poderia abaixar a cabeça e procurar outro piloto.

Em meio a esse clima tenso, o chefe da equipe, Fred Vasseur, decidiu entrar em cena para acalmar os ânimos. Segundo ele, a postura de Hamilton reflete sua natureza competitiva: “Não preciso motivá-lo – honestamente. Ele está frustrado, mas não desmotivado. É exigente, e é justamente por isso que é sete vezes campeão mundial.” Vasseur reconheceu a reação emocional do piloto, mas reforçou que toda a equipe compartilha a frustração por não alcançar o desempenho desejado, e que continuam trabalhando na mesma direção.

Com 109 pontos até então, Hamilton ocupa a 6ª posição no Mundial, atrás do companheiro Charles Leclerc (151 pontos) e bem atrás da McLaren, que lidera o campeonato. Apesar dos resultados, Vasseur ressaltou que a diferença entre os carros foi mínima — Charles garantiu a pole com apenas dois décimos de vantagem no Q2 — e que mantêm confiança na recuperação de Lewis nas próximas corridas.

O dirigente também aproveitou para enterrar rumores de mudanças na liderança, confirmando estabilidade e continuidade no comando da equipe. Ele reforçou que o desabafo do piloto foi uma reação natural ao momento difícil, comparando a intensidade emocional com o que atletas de outras modalidades enfrentam após grandes derrotas.

A comunidade da F1 reagiu à fala de Vasseur com apoio. O ex-chefe de Hamilton na Mercedes, Toto Wolff, demonstrou confiança no legado do britânico, destacando que momentos de vulnerabilidade não diminuem seu status como o maior de todos os tempos, e que Hamilton ainda tem “negócios inacabados” na categoria. Já o ex-piloto Pedro de la Rosa se mostrou preocupado com os efeitos emocionais que a temporada têm causado, mas apostou na resiliência do heptacampeão para se reerguer após o verão europeu.

Com o próximo Grande Prêmio agendado para 31 de agosto na Holanda, Fred Vasseur encerrou com um tom de otimismo: apesar das dificuldades técnicas e emocionais, ele acredita que a equipe, o carro SF‑25 e, principalmente, o próprio Hamilton têm potencial para dar a volta por cima rumo aos novos desafios de 2026.

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