Ex‑técnico do Valencia diz que se sentiu “traído e enganado” pelo clube
Marcelino García Toral, ex‑técnico do Valencia, criticou abertamente a gestão do clube após sua demissão, afirmando que foi resultado da má administração e de decisões tomadas “por capricho”. O treinador reivindicou o título da Copa del Rey como gatilho para sua saída, mesmo tendo garantido vaga na Liga dos Campeões. Segundo Marcelino, o clube agiu de forma incoerente ao priorizar interesses particulares em vez de valorizar conquistas esportivas.
O técnico recordou que, ao conquistar a Copa del Rey, não recebeu nenhum elogio do proprietário Peter Lim, que apenas o parabenizou pela classificação à Champions League. “Estou absolutamente certo de que o gatilho para essa situação foi a Copa”, declarou Marcelino, lamentando a falta de reconhecimento pela conquista significativa.
Descrevendo o ambiente nos bastidores, Marcelino criticou a condução arbitrária do clube, dizendo que em Valencia “se atua por capricho”, e destacou que as decisões eram tomadas por figuras locais que não davam atenção à coerência do projeto esportivo.
Ele ainda compartilhou o impacto pessoal da demissão sem aviso prévio, afirmando que ficou “incrédulo” e se sentiu desamparado após o comunicado. O treinador revelou que, em reunião prévia, já havia recebido elogios da diretoria, o que tornou a notícia ainda mais chocante.
A fala pública de Marcelino amplia o debate sobre a crise institucional que afetou o Valencia nos últimos anos, marcada por insatisfação de ex-treinadores, ex-jogadores e torcedores em relação às escolhas de gestão e ao rumo esportivo da equipe.