Ouro recua 0,83% com pressão de dados dos EUA e fortalecimento do dólar
O mercado internacional de metais preciosos registrou queda nesta terça-feira, com o ouro encerrando o dia em baixa de 0,83%. O movimento de desvalorização foi influenciado por dois fatores principais: a divulgação de dados econômicos mais fortes que o esperado nos Estados Unidos e o consequente fortalecimento do dólar frente a outras moedas.
Os investidores reagiram à publicação de indicadores norte-americanos que mostraram uma economia ainda aquecida em setores-chave, especialmente no consumo e no mercado de trabalho. Esses números reforçaram a percepção de que o Federal Reserve pode manter sua política monetária restritiva por mais tempo, ou mesmo postergar cortes na taxa de juros, o que reduz a atratividade de ativos como o ouro.
Com os juros altos mais duradouros, o custo de oportunidade de manter posições em metais sem rendimento, como o ouro, aumenta — já que os títulos do Tesouro dos EUA se tornam mais atraentes. Esse contexto ajuda a explicar o recuo observado nas cotações do metal precioso no mercado internacional.
Além disso, o dólar norte-americano ganhou força após os dados, o que também contribuiu para a queda do ouro. Como o metal é cotado em dólar, seu preço tende a cair quando a moeda dos Estados Unidos se valoriza, já que isso encarece a compra do ativo para investidores estrangeiros.
O ouro vinha operando com certa estabilidade nas últimas semanas, em meio à incerteza global e à busca por proteção por parte dos investidores. No entanto, a melhora de expectativas sobre a economia dos EUA e o reposicionamento dos mercados em relação ao Fed colocaram pressão sobre o metal.
Analistas seguem monitorando atentamente os próximos dados de inflação e atividade econômica nos Estados Unidos, que poderão influenciar diretamente os rumos da política monetária e, consequentemente, o desempenho do ouro. Por enquanto, o movimento desta terça-feira sinaliza um ambiente de maior cautela e preferência por ativos mais atrelados a juros.