Na Flip 2025, Ziraldo recebe homenagem com árvore repleta de obras
Na 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), que ocorre de 30 de julho a 3 de agosto de 2025, o universo criativo de Ziraldo será celebrado de forma inédita: uma árvore da espécie Pinda será transformada em um santuário literário que exibirá cerca de 200 exemplares de suas obras. O espaço, localizado na Praça da Matriz, faz parte da iniciativa “Pé de Livro”, tradicional na Flip, que este ano dedica um exemplar inteiro a um único autor.
Este ambiente foi idealizado para acolher leitores de todas as idades, oferecendo tapetes, almofadas e estantes que tornem a experiência de leitura mais intimista e acolhedora. A árvore estará cercada pelos clássicos de Ziraldo, como O Menino Maluquinho e O Bichinho da Maçã, bem como por títulos inéditos e póstumos — entre eles O Caminho das Sete Tias, Peixe Grande, Rondon Menino Cândido e Entre Cobras e Lagartos. Todos os exemplares serão posteriormente doados a bibliotecas e escolas de Paraty.
Eventos paralelos fazem parte dessa homenagem: leituras coletivas, apresentações e bate-papos com participação da filha de Ziraldo, Adriana Lins, de sua sobrinha Daniela Thomas — ambas ligadas ao Instituto Ziraldo — e do escritor e ilustrador Guto Lins. Entre os destaques, está a conversa “Todo Lado tem seu Lado”, marcada para o dia 1º de agosto, às 16h30, na Casa da Cultura e do Conhecimento.
A homenagem renderá mais que um espaço expositivo: será um convite à imersão no legado de Ziraldo, celebrado de forma simbólica e afetiva. “Pé de Livro” dedicado a um único autor pela primeira vez reforça a importância do cartunista, artista gráfico e escritor mineiro como um verdadeiro monumento da literatura infantil e da cultura brasileira.
Sobre Ziraldo
Ziraldo Alves Pinto, nascido em Caratinga e falecido em 6 de abril de 2024 no Rio de Janeiro, foi uma figura emblemática da cultura brasileira: cartunista, escritor, dramaturgo, cronista e jornalista. Criador de personagens como Menino Maluquinho e autor de obras como Flicts e a revista A Turma do Pererê, impactou gerações com sua voz crítica e estilo único. Ele também ajudou a fundar o jornal O Pasquim, onde se destacou por sua atuação política durante os anos da ditadura militar.
Ziraldo recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo o Jabuti e o Andersen, e continuou sendo homenageado em eventos como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo e exposições no CCBB do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte.