Fome extrema em Gaza atinge nível crítico: mais de meio milhão em risco de morte iminente
A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um ponto alarmante, com mais de meio milhão de pessoas enfrentando risco iminente de morte devido à fome extrema. A crise alimentar na região é considerada uma das mais graves já registradas, com a população local recorrendo a medidas desesperadas para tentar sobreviver. Crianças e mulheres grávidas estão entre os grupos mais vulneráveis, com taxas de desnutrição aguda triplicando entre menores de cinco anos. Especialistas alertam que, sem intervenção imediata, a região pode enfrentar consequências devastadoras para as próximas gerações.
Organizações humanitárias internacionais, incluindo Médicos Sem Fronteiras, Save the Children e Oxfam, denunciaram uma “fome massiva” provocada pelo bloqueio imposto à região. O Ministério da Saúde de Gaza informou que dezenas de palestinos morreram de desnutrição nas últimas semanas, com a ONU alertando para um colapso sanitário generalizado. A escassez de alimentos e medicamentos, combinada com o bloqueio de ajuda humanitária, agravou ainda mais a situação.
A Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) revelou que 96% da população de Gaza enfrenta insegurança alimentar aguda, com cerca de 470 mil pessoas em situação de fome catastrófica (Fase 5). Além disso, mais de 1 milhão de pessoas estão em emergência alimentar (Fase 4), e cerca de 500 mil em crise alimentar (Fase 3). A ONU classificou a situação como uma “fome induzida pelo homem”, destacando a gravidade da crise e a necessidade urgente de ação internacional.
Especialistas alertam que a falta de alimentos está afetando a saúde física e mental da população, com crianças sofrendo de desnutrição severa e mães incapazes de amamentar devido à falta de alimentos. A situação é ainda mais crítica nas áreas mais afetadas pelos conflitos, onde o acesso a alimentos e serviços de saúde é extremamente limitado.
Organizações internacionais pedem um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores humanitários para permitir a entrada de ajuda essencial. A comunidade internacional é instada a agir com urgência para evitar uma catástrofe humanitária de proporções ainda maiores.