musicas

Geezer Butler recorda com riqueza de detalhes o encontro final que teve com Ozzy Osbourne

Geezer Butler, reconhecido mundialmente como o lendário baixista do Black Sabbath, relembrou em detalhes aquele que pode ter sido o último encontro pessoal com o icônico vocalista Ozzy Osbourne. Essa reunião, marcada por uma combinação de nostalgia e respeito mútuo, oferece um raro vislumbre dos bastidores da relação entre dois dos maiores nomes da história do heavy metal.

A trajetória compartilhada por Butler e Osbourne começou nos anos 1960, quando formaram o embrião do que se tornaria o Black Sabbath — banda que redefiniu os rumos do rock pesado e lançou as bases do heavy metal moderno. Durante décadas, mesmo entre separações e reuniões, a conexão musical e emocional entre os dois se manteve viva, apesar dos altos e baixos comuns em bandas de longa trajetória.

Segundo Geezer Butler, esse último encontro teve um tom diferente dos anteriores. Embora eles já tenham se reunido muitas vezes ao longo dos anos, essa reunião foi especialmente carregada de simbolismo. Não houve discussões sobre futuros projetos musicais, nem planos de retorno aos palcos — o foco foi inteiramente pessoal. Foi uma conversa entre dois velhos amigos que atravessaram juntos décadas de fama, superação de vícios, transformações na indústria e conflitos internos.

O encontro também trouxe à tona reflexões sobre saúde, tempo e legado. Ozzy Osbourne, que tem enfrentado desafios médicos nos últimos anos, especialmente após sua aposentadoria das turnês devido a complicações físicas, foi retratado por Butler como alguém que continua demonstrando força de espírito, mesmo quando o corpo já não acompanha com a mesma energia dos tempos áureos do Sabbath.

Para Butler, relembrar essa reunião é também uma forma de prestar homenagem a uma amizade que ultrapassa os limites da música. A conversa, conforme relatado por ele, foi honesta, emocional e repleta de memórias — um resumo da jornada que eles percorreram juntos desde os dias obscuros e sombrios dos bairros operários de Birmingham até os maiores palcos do mundo.

Apesar de não haver confirmação se essa será de fato a última vez que os dois se verão pessoalmente, o tom adotado por Butler sugere uma aceitação madura de que o tempo é implacável — mas também generoso, ao permitir encontros como esse, marcados por afeto e respeito mútuo. O relato reforça que, mesmo longe dos holofotes, os laços formados por décadas de convivência, sucesso e turbulência permanecem sólidos.

Para os fãs do Black Sabbath, essa lembrança de Geezer Butler funciona como um testemunho íntimo e significativo de uma das parcerias mais emblemáticas do rock pesado. Um lembrete de que, mais do que lendas da música, eles são também seres humanos, marcados por vivências intensas, cicatrizes profundas e uma história compartilhada que moldou a cultura musical de gerações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *